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Dívida pública aumenta, bate 77,8% do PIB e déficit público vai a R$ 40,9 bilhões

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Em junho, a dívida bruta do Brasil aumentou, refletindo um déficit primário do setor público superior ao previsto, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central (BC).

A relação da dívida pública bruta com o PIB subiu para 77,8% em junho, comparado a 76,7% no mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), pelas emissões líquidas (+0,6 p.p.), pelo impacto da desvalorização cambial (+0,3 p.p.) e pela variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).

A dívida líquida, por sua vez, chegou a 62,2%, um pouco acima dos 62,1% registrados anteriormente, mas abaixo da expectativa de 62,5% conforme pesquisa da Reuters. Em junho, o setor público consolidado teve um déficit primário de R$ 40,873 bilhões, superior ao previsto pelos economistas, que era um saldo negativo de R$ 37,9 bilhões.

O resultado indica que o governo central teve um déficit de R$ 40,188 bilhões, enquanto os Estados e municípios apresentaram um superávit primário de R$ 1,057 bilhão e as estatais enfrentaram um déficit de R$ 1,742 bilhão.

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‘FAZ O L’: Governo Lula fecha 2023 com o 2° pior déficit primário da história

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Economia.

 

Em 2023, o governo federal do Brasil registrou um déficit primário de R$ 230,5 bilhões, o que corresponde a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com informações divulgadas pela Secretaria do Tesouro Nacional. Esse resultado é o mais desfavorável desde o ano de 2020.

O conceito de déficit primário se refere à situação onde as despesas do governo excedem as receitas obtidas através da arrecadação de impostos, sem considerar os gastos com o pagamento de juros da dívida pública. Em contrapartida, quando as receitas ultrapassam as despesas, o resultado é um superávit.

O déficit registrado em 2023 superou tanto a previsão inicial contida no Orçamento do ano, que estimava um déficit de até R$ 228,1 bilhões, quanto a projeção feita em novembro, que indicava um déficit de R$ 177,4 bilhões.

O déficit primário de R$ 230,5 bilhões em 2023 superou a “meta informal” estabelecida pelo governo. Em janeiro do ano passado, o então Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, havia projetado um resultado negativo inferior a R$ 100 bilhões, equivalente a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O Banco Central do Brasil é a entidade encarregada de realizar o cálculo consolidado das contas do governo federal, que é fundamental para a avaliação do cumprimento da meta fiscal. A metodologia utilizada pelo Banco Central difere daquela empregada pelo Tesouro Nacional. Uma diferença notável é que o Banco Central não inclui os recursos não resgatados do Fundo PIS/Pasep como parte da receita, o que pode resultar em um déficit ainda maior para as contas de 2023.

Os dados finais, refletindo essa metodologia e o impacto dessas diferenças, estão previstos para serem divulgados pelo Banco Central em fevereiro.

De acordo com o Tesouro Nacional, um dos principais fatores que impactaram o resultado fiscal de 2023 foi o pagamento de precatórios, que são dívidas do governo resultantes de decisões judiciais definitivas.

Em 2023, a União desembolsou cerca de R$ 92,4 bilhões em precatórios. Essa obrigação surgiu após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro, que exigiu que o governo federal quitasse os precatórios acumulados em 2022. Essa acumulação ocorreu por conta da “PEC dos Precatórios”, que havia estabelecido um limite para esses pagamentos.

Se o pagamento extraordinário dos precatórios não fosse considerado, o déficit do governo para o ano de 2023 seria de R$ 138,1 bilhões, conforme informado pelo Tesouro Nacional. Isso equivaleria a aproximadamente 1,27% do Produto Interno Bruto (PIB).

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Brasil no vermelho: governo Lula fecha 2023 com rombo de R$ 230,5 bilhões

Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

 

O governo Lula (PT) apresentou um déficit primário de R$ 230,5 bilhões em 2023, conforme dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional nesta segunda-feira (29). O déficit primário ocorre quando os gastos do governo superam a arrecadação com impostos, excluindo o pagamento de juros da dívida pública. Em outras palavras, representa um cenário em que o governo gasta muito mais do que deveria.

O valor ultrapassa a projeção do Orçamento de 2023, que estimava déficit de até R$ 228,1 bilhões. Também supera a última projeção de novembro, que previa um resultado negativo de R$ 177,4 bilhões. Ou seja, o rombo nas contas públicas está muito além do pessimismo já esperado.

O resultado também excede a ‘meta informal’ do governo. Em janeiro do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estimou um déficit abaixo de R$ 100 bilhões, representando 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

O que inicialmente foi considerado uma ‘marolinha’ pode se transformar em uma avalanche de saldo negativo e despesas, impactando ainda mais a vida do cidadão com medidas duras que afetam diretamente o dia a dia do contribuinte.

Segundo o Tesouro, o resultado foi influenciado pelo pagamento de precatórios — títulos de dívida decorrentes de decisões judiciais irrecorríveis pelo governo. Em 2023, cerca de R$ 92,4 bilhões foram pagos devido a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro. A Suprema Corte determinou que a União quitasse a dívida com precatórios acumulada em 2022, em função da ‘PEC dos Precatórios’, que limitou esses gastos.

Ainda assim, desconsiderando o pagamento extraordinário das dívidas judiciais, o déficit do governo em 2023 seria de R$ 138,1 bilhões, representando 1,27% do PIB.

O acordo para compensação da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de arrecadação com o teto de ICMS sobre combustíveis em 2022 também impactou o resultado primário, conforme afirmou o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. Ao excluir esses fatores, o déficit seria de aproximadamente R$ 117,2 bilhões, ou 1,08% do PIB. “Daquele diálogo [déficit de 1% do PIB], mais para o início do ano, a gente fica próximo”, relatou Ceron.

Com informações do Estadão