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Lula põe na Anatel advogado que escondeu dinheiro em privada

 

O advogado Mateus de Moura Lima Gomes, preso pela Polícia Federal (PF) em 2018, foi designado pelo governo Lula, na última quarta-feira (24), como conselheiro consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Gomes foi oficializado na função como representante da Câmara dos Deputados. O mandato será válido até fevereiro de 2026.

A designação foi assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que exerce a Presidência em razão da viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à África.

À época, quando foi alvo de prisão, Gomes foi flagrado pela PF tentando esconder R$ 3 mil em dinheiro na privada de sua residência. Na ocasião, ele havia sido vice-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e foi apontado como operador financeiro do então vice-governador de Minas, Antonio Andrade.

Tanto Gomes quanto Andrade foram alvos da operação Capitu, da PF, que apurou um suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo Dilma Rousseff (PT).

Quando a operação foi deflagrada, foram cumpridos 19 mandados de prisão, incluindo um investida contra o empresário Joesley Batista, dono da JBS.

A JBS, conforme as investigações da PF, atuava pagando propinas a partidos, políticos e servidores do governo do Dilma, com o suporte de escritórios de advocacia, que atuavam na distribuição do dinheiro.

O método usado para despistar qualquer suspeita foi, segundo a PF, distribuir as propinas em caixas de sapato, caixas de sabão em pó e malas. A atuação teria envolvido dinheiro vivo.

Com isso, a JBS teria sido beneficiada com uma série de medidas, como a regulamentação da exportação de despojos bovinos, proibição do uso de medicamentos veterinários e a federalização das inspeções de frigoríficos.

Deu no Conexão Política

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Ministro de Lula usa dados falsos para gastar R$ 385 mil do Fundo Eleitoral

O ministro das Comunicações de Lula, Juscelino Filho

 

O ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil), apresentou à Justiça Eleitoral informações falsas para pagar com dinheiro público 23 supostas viagens de helicóptero feitas durante sua campanha a deputado federal, no ano passado. A informação foi revelada nesta terça-feira, 31, pelo jornal Estado de S. Paulo.

Ao prestar contas, Juscelino informou que todos os voos foram feitos por três “cabos eleitorais”. No entanto, segundo a reportagem, os nomes apresentados por ele são de um casal e de uma criança de 10 anos, que moram em São Paulo. A família disse não conhecer o político.

Juscelino Filho informou à Justiça Eleitoral que os três “cabos eleitorais” fizeram as 23 viagens pelo Maranhão durante 16 dias, entre agosto e setembro do ano passado. O casal e a filha teriam passado por 14 cidades diferentes. Segundo o ministro, entre os destinos dos seus três “cabos eleitorais” está a Fazenda Alegria, uma de suas propriedades em Vitorino Freire, no Maranhão.

Os documentos sobre a contratação da Rotorfly Táxi Aéreo, que listam os nomes dos passageiros, foram enviados à Justiça Eleitoral pelo ministro em formulário fora do padrão, com rasuras e misturando informações digitadas e escritas à mão. Os dados foram apresentados a partir de questionamento da Justiça Eleitoral, que desconfiou do vínculo dos passageiros com o comitê de Juscelino.

Citados na planilha que Juscelino entregou à Justiça Eleitoral do Maranhão, o empresário Daniel Pinheiro de Andrade e sua mulher, Angela Camargo Alonso, de São Paulo, que afirmaram atuar no ramo de decoração, negaram ter relação com a campanha do então deputado do União Brasil.

Andrade disse ao jornal que voou há cinco meses com a Rotorfly Táxi Aéreo — a mesma empresa usada por Juscelino —, mas da cidade de São Paulo para Campos do Jordão. “Provavelmente, usaram meu nome e puseram na comprovação de despesas. Eles pegaram a lista de passageiros do voo que eu voei e replicaram.”

Deu na Oeste