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Bactéria presente em colírio cega e mata pessoas

Olho humano. Imagem: Foto de <a href="https://unsplash.com/@vansbumbeers?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Vanessa Bumbeers</a> na <a href="https://unsplash.com/pt-br/fotografias/PkauYYJwdTQ?utm_source=unsplash&utm_medium=referral&utm_content=creditCopyText">Unsplash</a>/Reprodução

 

Duas pessoas morreram semanas depois que os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA alertaram para a interrupção imediata de uma marca popular de colírio. Uma pessoa havia perdido a vida em decorrência do uso do medicamento. Até 14 de março, 68 pessoas em 16 Estados norte-americanos foram diagnosticadas com infecções causadas por uma cepa rara altamente resistente a antibióticos. A responsável por matar e cegar as pessoas é a bactéria Pseudomonas aeruginosa. 

Oito pessoas perderam a visão, e quatro pacientes tiveram de remover cirurgicamente um dos olhos. A maioria dos infectados pela bactéria havia se automedicado com o colírio EzriCare Artificial Tears, produzido por uma empresa farmacêutica indiana, a Global Pharma. A bactéria é capaz de prosperar em qualquer lugar, desde combustível de aviação até água destilada.

Um senhor de 72 anos apresentou uma infecção contínua e perda extrema de visão no olho direito. Mesmo com o uso sistemático de antibióticos, a infecção do paciente permaneceu. Em Miami, uma mulher de 68 anos teve de remover o olho direito, infectado em setembro do ano passado; ela havia comprado o tal colírio, a fim de se livrar de uma irritação causada pelo uso de lentes de contato. Os distribuidores da EzriCare nos EUA afirmaram que darão prioridade à retirada do produto do mercado.

Em tom alarmista, os especialistas disseram que bolsões de patógenos se espalharão rapidamente à medida em que as viagens internacionais aumentarem. A bactéria presente no colírio poderá se espalhar facilmente, sobretudo nos EUA. 

Deu na Revista Oeste