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Novo pedido de prisão contra Alexandre de Moraes é protocolado

Novo pedido de prisão contra Alexandre de Moraes é protocolado – São Bento  em Foco – Noticias de São Bento – Paraíba – Brasil

 

A família do comerciante Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como Clezão, réu pelos eventos de 8 de janeiro e que veio a óbito no Complexo Penitenciário da Papuda (DF) no ano passado, moveu uma ação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes.

A viúva e as duas filhas de Cleriston alegam que o magistrado teria cometido crimes de maus-tratos, abuso de autoridade, tortura qualificada e majorada, além de prevaricação. As penas combinadas para esses crimes variam de 10 até 31 anos de prisão.

Elas também solicitam que Moraes seja afastado de suas funções no STF e pague uma indenização por danos morais. A ação foi encaminhada ao presidente da corte, Luís Roberto Barroso.

Cleriston faleceu aos 46 anos em novembro do ano passadp, após sofrer um mal súbito na Papuda. Ele estava sob prisão preventiva depois de ser detido em flagrante dentro do Senado em 8 de janeiro e, desde então, recebia atendimento médico.

Um pedido de liberdade provisória da Procuradoria-Geral da República (PGR) estava aguardando análise por parte do ministro Alexandre de Moraes. Na ação, a defesa afirma que a morte do comerciante “ocorreu em prisão preventiva manifestamente ilegal e sob a inteira responsabilidade” do magistrado.

“Cleriston morreu torturado, porque o ministro Alexandre de Moraes, abusando do seu poder, assumiu, independentemente de ter querido esse resultado morte, o risco dessa morte indigna. Cleriston, provavelmente, ainda estaria vivo e ao lado da sua esposa e das suas duas filhas se gozasse do privilégio de um juiz justo, imparcial, empático e conhecedor do direito”, alega a acusação.

A ação argumenta que Moraes submeteu o comerciante a sofrimento físico e mental, destacando que Cleriston “sequer conseguia caminhar para os banhos de sol” na prisão.

“A contumaz omissão do Ministro Alexandre de Moraes, portanto, faz com que ele ultrapasse o desvalor impresso pelo legislador no crime de maus-tratos: se a simples exposição a perigo a vida ou a saúde da vítima perfazem o crime de maus-tratos, a insistência nesse sentido somente se explica pelo propósito cruel de causar e perpetuar o padecimento físico, moral e psicológico da vítima, aqui demonstrados de maneira inequívoca”, acrescenta.

O caso tomou grandes proporções e gerou críticas de diversos políticos. Moraes, posteriormente, concedeu liberdade provisória a outros acusados.

Deu no Conexão Política

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Após morte de Cleriston, Moraes solta quatro reús do 8 de janeiro

 

Dois dias após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, preso no presídio da Papuda pelos atos de 8 de janeiro por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o magistrado revogou a prisão de quatro réus que estavam presos por participação nas manifestações radicais que depredaram sedes dos Três Poderes no Distrito Federal.

Moraes determinou a soltura de Jaime Junkes, Jairo de Oliveira Costa, Tiago dos Santos Ferreira e Wellington Luiz Firmino. Nenhuma deles foi julgado até o momento.

Cleriston passou mal durante um banho de Sol no presídio da Papuda, na última segunda-feira (20) e morreu. Ele tinha parecer favorável à sua liberdade expedido pela Procuradoria-Geral da República desde setembro em razão de suas comorbidades, mas o documento nunca foi apreciado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Deu no Estadão

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No último depoimento, Cleriston relatou problemas de saúde

 

Em seu último depoimento às autoridades, Cleriston Pereira da Cunha, o homem preso pelos atos de 8 de janeiro, que morreu na Penitenciária da Papuda na última segunda-feira (20), alertou sobre seus problemas de saúde. Em 31 de julho, ele contou que tinha vasculite aguda que o fazia desmaiar e ter falta de ar no presídio.

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal abriu investigação sobre a morte de Cleriston, que sofreu um mal súbito durante banho de sol. Parlamentares da oposição ao governo Lula enviaram nesta terça-feira (21) um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a permanência de presos preventivamente na Papuda.

Em fevereiro, o advogado de Cleriston, Bruno Azevedo de Souza, chegou a dizer que a prisão seria uma “sentença de morte” do homem e pediu para que a Justiça concedesse liberdade provisória, o que foi negado naquele momento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu em setembro parecer favorável à liberdade provisória.

No depoimento de julho, Cleriston contou que começou a passar mal depois que foi detido pelos policiais em 8 de janeiro. Segundo o relato, ele sofreu um desmaio e acabou urinando nas roupas. Ele contou que chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Distrito Federal e só recebeu seus remédios para vasculite na manhã do dia seguinte.

SETE PRESOS JÁ TÊM PARECER POR LIBERDADE
O ofício desta terça foi assinado por 66 parlamentares – 58 deputados federais e oito senadores. Segundo os congressistas, sete pessoas estão presas preventivamente com pareceres da Procuradoria-Geral da República (PGR) pela concessão de liberdade provisória.

– Questionamos Vossa Excelência acerca da manutenção das prisões preventivas dos réus citados, uma vez que a própria autoridade titular da ação penal, a qual representa o interesse do Estado na punição e repressão, já se manifestou pela liberdade provisória dos presos – diz o ofício.

O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) disse que Cleriston perdeu a vida por causa da “inércia do Judiciário” e afirmou que a demora do Supremo em conceder a liberdade ao preso pode configurar um crime de responsabilidade.

– Nós, parlamentares federais, deputados e senadores, estamos pedindo com urgência que o ministro [Alexandre de Moraes] tome alguma atitude – disse.

O irmão de Cleriston, Cristiano Pereira da Cunha, vereador pelo PSD no município baiano de Feira da Mata, disse que a família está “indignada” pela morte do irmão e considerou que o STF agiu com um “descaso” ao não o beneficiar com a saída da Papuda apesar do parecer da PGR.

Deu no Pleno News