Censura

Anatel fiscaliza se Starlink segue permitindo acesso ao X

Foto: Ton Molina

 

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está fiscalizando se a provedora de internet de Elon Musk, a Starlink, está descumprindo a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que derrubou o X (antigo Twitter) no Brasil. No domingo (1), a empresa comunicou que não cumprirá a decisão até que as contas bancárias, bloqueadas por ordem de Moraes, sejam desbloqueadas. Carlos Baigorri, presidente da empresa, declarou que, caso o descumprimento ocorra, o fato será relatado a Alexandre de Moraes e a agência abrirá um procedimento administrativo. Para fiscalizar a empresa, técnicos da Anatel tentarão acessar o X através da Starlink nas localidades onde a empresa opera com mais expressão. Caso o acesso funcione, isso servirá como prova do descumprimento.

Baigorri explicou que, baseado na prova e no método de fiscalização, a Anatel abrirá um processo administrativo contra a empresa de Musk, que poderá se defender. Todas as operadoras de telecomunicação do país foram notificadas da suspensão do X, segundo Baigorri a maioria já suspendeu o aplicativo.

No Brasil, a Starlink tem mais de 200 mil usuários ativos. Como a empresa pertence ao bilionário Elon Musk, também dono do X, Moraes bloqueou suas contas bancárias. O ministro entendeu que a provedora pertence ao mesmo grupo econômico da rede social e, por isso, ela poderia ser penalizada pelas multas que o X não pagou. A rede foi multada por não bloquear perfis que espalham notícias falsas e atacam as instituições democráticas.

Deu na JP News

Censura

Moraes recua em decisão sobre download de aplicativos VPN para burlar bloqueio do X

Foto: Wilton Jr

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, recusou em parte da decisão sobre a suspensão do X, antigo Twitter. Após a decisão de bloquear a rede social no Brasil, Moraes havia dito que quem descumprisse a lei e usasse VPN – ferramenta que permite omitir a localização de acesso à internet – para burlar o bloqueio, teria que pagar uma multa de R$ 50 mil. Mas ele voltou atrás da decisão que ordenava que lojas virtuais de Apple Store e Google bloqueasse o download de aplicativo de VPN. Segundo ele, a decisão foi para evitar “eventuais transtornos desnecessários e reversíveis a terceiras empresas”. Moraes determinou nesta sexta-feira (30) a suspensão do X do Brasil após Elon Musk, dono da plataforma, se recusar a indicar um representante legal da rede social no Brasil.

O ministro com a Anatel sobre a decisão e solicitou que a rede social seja bloqueada em todo território nacional em no máximo 24 horas. Mesmo em meio a ação do ministro do STF, o X disse que não irá cumprir as ordens de Moraes e espera bloqueio a qualquer momento. A plataforma classificou a ordem como “ilegal para censurar seus opositores políticos”. “Ao contrário de outras plataformas de mídia social e tecnologia, não cumpriremos ordens ilegais em segredo”, afirmou o X em sua conta nas redes sociais.

Deu na JP News

Censura, Justiça

Starlink garante serviço gratuito para enfrentar bloqueio de Moraes

Antena da Starlink, que oferece internet por satélite de alta velocidade a baixo custo.

 

A provedora de internet Starlink, do empresário sul-africano Elon Musk, informou aos clientes brasileiros que vai continuar a oferecer seus serviços no Brasil, apesar da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de congelar as finanças da empresa no País.

Para a Starlink, a decisão de bloquear as contas da empresa em razão de multas cobradas da rede social X é “inconstitucional”, mas vai continuar a oferecer o serviço aos mais de 250 mil clientes “gratuitamente, se necessário”.

Segundo o comunicado, a ordem que calssificada como ilegal pode impactar a capacidade da empresa de realizar cobranças mensais. Apesar disso, a “Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará a fornecer serviços a você — gratuitamente, se necessário”, avisou a empresa, que não tem vínculos com a rede social X além de Elon Musk.

A empresa destaca que oferece seu serviço da Amazônia ao Rio de Janeiro a pequenas empresas, escolas, socorristas, entre muitos outros e por isso faz tudo o possível para evitar a interrupção dos serviços no País e ainda promete continuar a tratar do caso pelos meios legais.

Leia abaixo a íntegra do comunicado da Starlink aos clientes no Brasil:

Queríamos compartilhar uma atualização sobre a Starlink no Brasil.

No início desta semana, recebemos uma ordem do Juiz do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes que congela as finanças da Starlink e impede a Starlink de conduzir transações financeiras no Brasil. Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas cobradas – inconstitucionalmente – contra X, uma empresa que não é afiliada à Starlink. Ela foi emitida em segredo e sem dar à Starlink qualquer um dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil.

Embora essa ordem ilegal possa impactar nossa capacidade de cobrar seu pagamento mensal, você não precisa tomar nenhuma atitude neste momento. A Starlink está comprometida em defender seus direitos protegidos por sua Constituição e continuará a fornecer serviços a você — gratuitamente, se necessário — enquanto tratamos desse assunto por meios legais.

 Hoje, a Starlink está conectando mais de um quarto de milhão de clientes no Brasil — da Amazônia ao Rio de Janeiro – incluindo pequenas empresas, escolas e socorristas, entre muitos outros. Estamos orgulhosos do impacto que a Starlink está causando em comunidades por todo o país, e a equipe da Starlink está fazendo todo o possível para garantir que seu serviço não seja interrompido.

 

Deu no Diário do Poder