Política

Candidatos bolsonaristas lideram em quatro capitais

Foto: Arquivo TN 

Quatro pré-candidatos que recebem o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo comando das capitais lideram as intenções de voto conforme levantamentos mais recentes dos principais institutos de pesquisa do País. Os nomes apadrinhados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão à frente em outras três capitais.

Os pré-candidatos que têm o aval do ex-presidente disputam as prefeituras em Aracaju (SE), Belém (PA), Curitiba (PR) e Salvador (BA). Já os concorrentes que recebem o apoio de Lula lideram nas intenções de voto em Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ). Somadas, as cidades onde os postulantes apoiados pelo petista são favoritos possuem sete milhões de eleitores. As que os apadrinhados de Bolsonaro estão na frente, totalizam 4,9 milhões.

Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Estadão com base em pesquisas eleitorais mais recentes da Atlas Datafolha, Quaest Paraná Pesquisas e Real Time/Big Data. Vinícius Alves, pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e diretor da IPESPE Analítica, explica que as eleições municipais representam um quadro multifacetado, com características específicas de cada cidade. Pesam o contexto político local, se o apoio dos padrinhos veio precoce ou tardiamente, por exemplo, além de um possível histórico de votação mais à esquerda ou à direita. Por estar relacionada ao contexto local, o voto na eleição municipal é permeado por fatores que escapam à polarização.

Deu na Tribuna do Norte

Política

Governo Lula teve 6 grandes derrotas no Congresso em 6 meses

Foto: Jacqueline Lisboa/Reuters

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu 6 grandes derrotas no Congresso em 6 meses de 2024.

Na última sessão de vetos do Congresso, em 28 de maio, Câmara e Senado derrubaram o veto do petista à lei que proibiu as “saidinhas” temporárias de presos para visitar familiares. Os congressistas mantiveram ainda um ato de 2021 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impede criminalizar a disseminação de notícias falsas.

Outra derrota no Legislativo foi a derrubada do veto de Lula a uma emenda da oposição na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2024 que impede o uso de verba para ações que “promovam aborto e transição de gênero”.

Em 21 de maio, a Câmara aprovou o PL (projeto de lei) 709 de 2023, que impede invasores ilegais de propriedades rurais de receberem benefícios do governo, como o Minha Casa, Minha Vida. A base de apoio a Lula na Casa Baixa tentou adiar a votação com a apresentação de requerimentos, entretanto, os pedidos foram rejeitados.

Na 4ª feira (5.jun), o presidente da Casa Baixa, Arthur Lira (PP-AL), criou um grupo de trabalho para analisar o PL 2.630 de 2020, conhecido como “PL das fake news”. A última versão da proposta, de relatoria do governista Orlando Silva (PC do B-SP), não teve consenso entre os líderes e Lira decidiu descartá-la.

Os líderes governistas afirmam que as derrotas se dão por conta das chamadas “pautas de costumes” da ala conservadora do Congresso, que é contrária a temas como aborto, transição de gênero e direitos da comunidade LGBTQIA+.

Entretanto, o Poder360 apurou que a principal insatisfação do Congresso é por conta da articulação política do Executivo. O Legislativo reclama que o governo muda de postura em pautas que foram acordadas, como a desoneração e a taxação das “comprinhas”.

Outra questão é a dificuldade em tratar diretamente com Lula pautas de interesse do Planalto. Grande parte da inalcançabilidade se deve à primeira-dama, Janja da Silva, que tem muita influência nas negociações do governo.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é o mais marcado. Lira já o criticou publicamente. Em 11 de abril, o deputado alagoano afirmou que ele era “incompetente” e “plantava notícias falsas” sobre o Congresso.

Por outro lado, o mais prestigiado ainda é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os congressistas avaliam que o chefe da equipe econômica desempenha com razoável sucesso a função de interlocutor no Congresso em pautas prioritárias do governo, como os acordos sobre a desoneração e a regulamentação da reforma tributária.

Entretanto, a MP (Medida Provisória) 1.227 de 2024, que trata da compensação tributária da desoneração da folha por meio de mudanças no PIS/Cofins, causou insatisfação nos congressistas e deve azedar a relação.

Poder 360

Política

Operação da Polícia Federal pode atingir aliados de Lula, diz jornal

 

Uma operação da Polícia Federal pode atingir aliados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias, segundo informações da Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, o clima de tensão já reverbera nos bastidores do reduto lulopetista. Na ocasião, pessoas do núcleo esquerdista alegam ter recebido informações de uma ação da PF que pode acontecer em breve, “a poucos dias do segundo turno das eleições presidenciais”.

Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo, externou preocupação e disse que há “setores do Estado aparelhados”.

— Recebemos informações de que setores do Estado aparelhados pelo bolsonarismo estariam buscando forjar fatos que justifiquem operações bizarras contra nosso campo democrático — relatou.

Procurada, a Policia Federal não havia respondido até o fechamento da matéria.

Na terça-feira (11), conforme noticiou o Conexão Política, o governador de Alagoas foi afastado do cargo, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Aliado de Lula, Paulo Dantas é alvo de uma operação da deflagrada na terça.

Deu no Conexão Política