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Mulher é presa após produzir e vender conteúdo sexual da própria filha de 04 anos no Piauí

 

Uma mulher, de 22 anos, identificada pelas iniciais G.M.G.S, foi presa pelo crime de produção e divulgação de conteúdo sexual da própria filha de quatro anos na cidade de Baixa Grande do Ribeiro, no interior do Piauí. A prisão ocorreu na manhã desta sexta-feira (23).

A Polícia Civil foi comunicada pelo Conselho Tutelar do município que a mulher estava usando a criança para produzir o conteúdo sexual e revendê-lo em plataformas digitais.

Segundo o delegado-titular de Baixa Grande do Ribeiro, Marcos Halan, a presa alega que foi ameaçada e obrigada a produzir os vídeos. Tudo teria começado quando a mulher produzia vídeos nas plataformas de divulgação de conteúdo sexual em que um dos clientes dela descobriu que ela tinha uma filha e ameaçou divulgar suas fotografias nuas caso ela não mandasse imagens da criança.

”Além disso, ela falou que foi um fato isolado ocorrido somente no mês de agosto de 2023. Seguimos investigando isso”, completou o delegado.

A notícia é do A10Mais.

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RN registra quase 3 violações de direitos de crianças por hora

 

O Rio Grande do Norte registrou, só em janeiro de 2024, quase três violações de direitos em relação a crianças de 0 a 14 anos. É o que apontam dados do Disque 100, plataforma do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. O tema voltou à tona no Estado após a prisão de duas mulheres acusadas de tortura e maus-tratos contra suas próprias filhas, uma criança e uma adolescente. Segundo os dados do Disque 100, só em janeiro de 2024 foram registradas 289 denúncias e 1.902 violações de direitos, isso porque uma denúncia pode ter mais de uma violação. O número é ligeiramente menor do que em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 308 denúncias e 1.911 violações.

A violação de direitos é qualquer atitude de pais ou tutores que negligenciem questões básicas das crianças, como direito à educação, acesso à saúde e alimentação, lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Em alguns casos, a denúncia só acontece após vários meses de violação do direito daquela criança.

O psicólogo, assessor técnico e consultor de proteção a infância, Gilliard Medeiros Laurentino, aponta que apesar do Brasil possuir legislações que dispõe sobre esses crimes e violações de direitos às crianças, ainda falta rede de apoio para acolher e atender essas vítimas. Ele cita exemplos como o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Henry Borel (14.441/2022).

“No aparato legal temos uma gama de serviços que deveriam funcionar para lidar com essas questões, mas quando vamos para a prática é mais complicado. Por exemplo: municípios de pequeno porte, com 3 a 5 mil habitantes, as questões de média e alta complexidade não são de responsabilidade deles. Os CREAs já não existem, eles acabam dependendo do CRAS e do Conselho Tutelar. A rede para os pequenos municípios é mais difícil”, aponta.

Crianças passam por perícia

As duas meninas que foram resgatadas pela Polícia Civil na semana passada após denúncias de maus-tratos e tortura praticadas pelas próprias mães passaram por mais uma perícia médica e psicológica no Itep. O procedimento é comum nesse tipo de investigação. O resgate aconteceu no bairro Parque das Nações, em Parnamirim, na última sexta (02). Elas estão em uma casa de acolhimento.

A Polícia Civil afirmou ainda que as mães também privaram as vítimas de alimentação e realizaram agressões contra elas quase todos os dias, de acordo com a titular da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente de Parnamirim, Ana Gadelha. A Polícia Civil não informou a identidade das duas mulheres acusadas. Informações apuradas pela TN dão conta de que ambas são professoras, uma da UFRN e outra da UERN. As duas mulheres negam as acusações.

Segundo a delegada, as investigações constataram que as agressões começaram a ocorrer um ano após a adoção da criança e da adolescente. As vítimas (que não tiveram idades reveladas por questões de preservação e foram as primeiras a serem ouvidas) detalharam o cotidiano com as duas mães. A Polícia concluiu que há materialidade e indícios concretos dos crimes. Para isso, foram ouvidas 17 pessoas e foram utilizados laudos periciais. Essas agressões ocorriam tanto de forma física quanto psicológica, ainda segundo a delegada.

Deu na Tribuna do Norte