Economia

Auxílio Brasil vai beneficiar 20 milhões de famílias, diz relator

MP aprovada na Câmara aumenta limite para o critério de pobreza

 

O relator da medida provisória que cria o Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro (Progressistas-MG), previu que 20 milhões de famílias poderão ser beneficiadas com as mudanças no desenho do programa aprovadas nesta quinta-feira (25) pela Câmara dos Deputados.

O programa Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil, atendia 14,7 milhões de famílias, e o governo prometeu subir esse número para 17 milhões de beneficiados. Acontece que a MP aprovada na Câmara impede que haja filas e ainda aumenta os critérios de acesso ao programa em relação ao texto da medida provisória enviada pelo governo e que serviu de base para a definição do orçamento do novo programa social, com a marca do governo Bolsonaro.

Os valores da linha de extrema pobreza sobem para famílias com renda por pessoa de R$ 100 para R$ 105 e os de pobreza de R$ 200 para R$ 210. No extinto Bolsa Família, esses valores eram R$ 89 (extrema pobreza) e R$ 178 (pobreza).

“Recebem hoje o Bolsa algo em torno de 14 milhões de brasileiros. Zerando a fila e com a mudança das faixas de pobreza e extrema pobreza, passaríamos de 20 milhões de famílias contempladas”, afirmou o relator logo após a aprovação da MP por unanimidade dos deputados.

Ele não falou se será preciso subir o orçamento. O governo conta com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios para abrir espaço no Orçamento ao Auxílio Brasil. Segundo Aro, na PEC a previsão de gasto para o Auxílio é de R$ 85 bilhões, R$ 50 bilhões mais do que os R$ 34,7 bilhões que constavam no projeto de lei do Orçamento de 2022.

Segundo Aro, hoje a fila tem 2 milhões de pessoas que são elegíveis e estão esperando para receber o benefício de assistência social. “Todo mundo que estava com a demanda reprimida do Bolsa Família passa a receber o Auxílio Brasil. Esses milhões de pessoas passam a receber imediatamente”, disse ele, que destacou que o critério de faixa de pobreza para entrar no programa subiu R$ 32, o que ampliará o acesso das famílias ao Auxílio Brasil.

Assessores do ministro da Cidadania, João Roma, informaram que o governo não tem o cálculo de quantas famílias poderão ser incluídas com as mudanças aprovadas hoje na MP.

 

Informações do R7

Notícias

Castelo de 8.000 metros quadrados que pertencia a Deputado está a venda por R$ 20 milhões

Foto: Divulgação

Este é mais um daqueles absurdos que só acontecem no Brasil.

Um castelo de 7.911 m² de área construída que pertenceu ao deputado federal Edmar Moreira (DEM) está à venda num site de leilões pela bagatela de R$ 20 milhões, valor de avaliação do imóvel. A área externa conta com um parque aquático, uma ducha escocesa, espelhos d’água, ajardinamento e paisagismo e chafarizes, além de uma floresta de Eucalipto, Citriodora e Pinus.

O castelo, que está registrado como um complexo turístico, foi construído pelo deputado na década de 80 e ficou famoso em 2009, quando a Justiça Eleitoral disse que Edmar não havia declarado o castelo entre seus bens. A área total do imóvel é de 193 hectares.

Edmar disse, à época, que a fazenda Luzitânia, onde está o complexo, pertencia aos filhos, mas o imóvel também não constou na prestação de contas de nenhum deles. Depois do escândalo, o deputado renunciou ao mandato e, mais tarde, o imóvel foi colocado em leilão.

Segundo a empresa de leilões, o imóvel já passou por um leilão extrajudicial em 2018 e atualmente está em venda direta. Segundo a plataforma, houve também uma tentativa de leilão em 2020, com lance inicial em R$ 20 milhões, mas foi encerrado sem que o negócio fosse concretizado.

O complexo turístico, que fica em São João Nepomuceno, Minas Gerais, conta com 37 suítes e três salas. Tem também cozinha industrial, bar, salão com churrasqueira, vestiários para funcionários, adega subterrânea, depósito, casa de máquinas, lavanderia, garagem coberta e capela.

O final feliz dessa história, como em várias outras em todo o Brasil, é que ninguém foi preso.

 

Deu na CNN Brasil