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A inflação da energia residencial teve a maior alta mensal da história em outubro, segundo dados da prévia da inflação. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) foi de 5,29% no mês. Essa foi a maior taxa mensal da série histórica, iniciada em 2020.
O custo da energia elétrica foi o principal item de impacto na taxa de inflação mensal. A prévia da inflação de outubro foi de 0,54%, acima das projeções dos analistas do mercado financeiro.
A inflação da energia elétrica residencial fica no grupo de inflação, que subiu 1,72% no mês. A alta da energia aumentou de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro.
O motivo: a cobrança da bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir de 1º de outubro. Esse patamar foi acionado por causa da pior seca no país em 75 anos, o que reduziu os reservatórios hídricos e impulsionou o acionamento de térmicas para suprir a demanda –aumentando o custo da energia.
Só a inflação de energia elétrica residencial foi responsável por um impacto de 0,21 ponto percentual na taxa de 0,54% do mês. Foi o que mais elevou a taxa mensal.
A bandeira tarifária vermelha patamar 2 é a que mais impacta na conta de luz. Há uma cobrança adicional de R$ 7,87 a cada 100 KWh (quilowatt-hora) consumidos.
O país está com bandeira vermelha desde setembro. Mas, no mês passado, o patamar era “1”, quando a cobrança adicional é de R$ 4,46 a cada 100 KWh.
A bandeira é definida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). O sistema de bandeiras foi implementado em 2015. Antes, uma eventual cobrança adicional era definida para o ano subsequente.
Nesta 6ª feira (25.out), porém, a agência informou que a bandeira tarifária será amarela em novembro. O motivo é a volta das chuvas no país, que alivia a pressão sobre as hidrelétricas com a seca nos últimos meses.
Em 2021, o Brasil passou por um crise hídrica, o que fez a Aneel criar uma “nova bandeira”, a de escassez hídrica. De setembro de 2021 a meados de abril de 2022, houve uma cobrança adicional de R$ 14,20 para cada 100 KWh consumidos.
PRÉVIA DA INFLAÇÃO
O IPCA-15 é calculado com base em preços coletados de 14 de setembro a 11 de outubro. Compara com os preços de 15 de agosto a 13 de setembro.
O índice mede a inflação das famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A inflação oficial do país é medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
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Fonte: Poder 360