O Brasil registrou 3.800 focos de incêndio nesta sexta-feira (13), liderando o ranking global com 28% de todos os focos de incêndio no mundo. A Amazônia foi a região mais afetada, concentrando 46% das áreas atingidas pelo fogo no país. Os dados são do sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e foram atualizados neste sábado (14).
Entre os estados brasileiros, o Pará lidera o ranking de focos de incêndio, com 740 registros, seguido pelo Acre, com 441, e Tocantins, com 419. O município com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, localizado a 1.050 quilômetros de Belém, que registrou 146 focos de incêndio em um dia.
O Cerrado também apresenta números alarmantes, com 1.262 focos de incêndio em apenas 24 horas, representando 33% do total. A Mata Atlântica registrou 172 focos (17%), enquanto o Pantanal aparece com 51 focos de incêndio (1%).
Desde o início deste ano, o Brasil já contabilizou 180 mil focos de incêndio, um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 87 mil focos entre janeiro e 14 de setembro.
O aumento dos incêndios em várias regiões do país tem afetado a qualidade do ar nas grandes cidades. Na semana passada, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, expressou preocupação com o impacto das queimadas, destacando o aumento no número de atendimentos médicos relacionados a problemas respiratórios, especialmente entre crianças e idosos.
“Há um impacto forte no sistema de saúde, nas unidades de saúde, uma maior procura e, principalmente, uma preocupação não só com os efeitos de curto prazo, mas também de médio prazo na saúde das pessoas”, disse a ministra.
O Ministério da Saúde orienta que pessoas em regiões atingidas por nevoeiros de fumaça evitem, ao máximo, a exposição ao ar livre e a prática de atividades físicas.
Deu no R7