Boulos vai à Justiça contra Pablo Marçal e pede R$ 50 mil por danos morais

Marlene Bergamo -28.ago.2023 e Rafaela Araújo – 7.jun.2024/Folhapress

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) acionou a Justiça contra Pablo Marçal (PRTB) por comentários ofensivos a seu respeito feitos pelo ex-coach durante participação em podcast. Ambos são pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.

Na petição que apresentou, Boulos afirma que Marçal concedeu entrevista ao podcast “Os Sócios” na quinta-feira (11) em que teria proferido “mentiras absurdas e acusações gravíssimas”, com o objetivo de manchar sua reputação e prejudicar sua pré-candidatura.

No programa, Marçal disse que o parlamentar promove invasões de casas e cobra R$ 700 de aluguel das famílias.

“Ele [Boulos] é a maior imobiliária irregular do estado de São Paulo. Ele coloca a família lá —pode perguntar para as famílias, eu fui, eu tô indo em tudo— e cobra R$ 700 de aluguel desse povo. Tem base um cara desses? Falar que ajuda o pobre, cobrar aluguel dos caras? Esse cara tem é que pagar imposto da imobiliária dele”, afirmou.

“É o maior sistema imobiliário que a gente já viu na cidade de São Paulo. Invade coisa dos outros para cobrar aluguel de quem é vulnerável”, completou Marçal.

Na ação, o deputado afirma que Marçal faz afirmações mentirosas ao acusá-lo sem qualquer prova de “participar de uma suposta máfia imobiliária” e de “supostas extorsões para cobrança de aluguel de pessoas humildes”.

Boulos destaca na peça que atua há mais de 20 anos pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), grupo que pressiona o poder público a desapropriar imóveis que não cumprem função social e realizar políticas públicas de habitação social. O parlamentar enfatiza que se trata de atuação voltada à implementação do direito à moradia digna, previsto na Constituição.

Nesse período, afirma, nunca foi alvo de acusações como as apresentadas por Marçal, ainda que tenha passado pelo escrutínio da imprensa e das autoridades.

O psolista pede à Justiça que Marçal seja condenado a indenizá-lo por danos morais em R$ 50 mil e que a entrevista e todas as publicações que tenham reproduzido seu conteúdo sejam excluídas.

Deu na Folha de São Paulo

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