10 anos do 7 a 1: trauma ou indiferença? veja o que os torcedores pensam

Foto: Reprodução

O 7 a 1 não só encerrou o sonho do sexto título mundial da Seleção Brasileira, mas escancarou a realidade do futebol brasileiro, que se escorava em glórias passadas enquanto era ultrapassado pelos rivais. Um choque de realidade que mexeu com jogadores, treinadores, dirigentes e a torcida de diferentes maneiras.

À vista disso, a reportagem do Lance! foi às ruas para entender com torcedores, especialistas e até um profissional de saúde, as variadas consequências do resultado mais surpreendente não só da história da Seleção, mas de todas as Copas do Mundo.

Para a grande maioria, a derrota da Amarelinha em 2014 foi o maior vexame da história do futebol — seja em clubes ou seleção. Uma prova disso é resposta da torcida brasileira, que até hoje reage de forma adversa ao resultado.

“Pior derrota da história” e “massacre” são comentários que atuam como uma espécie de unanimidade no imaginário popular. Críticas ao desempenho também são comuns, e um cenário de “mudança de chave” é visto com desconfiança.

“Realidade nua e crua”

Comentarista da Fox Sports à época, a jornalista Marília Ruiz relembrou a análise do confronto e explicou as consequências do resultado para a atual realidade da Seleção Brasileira.

— Eu estava comentando a partida ao vivo. Aos dez minutos, os arquivos não me deixam mentir, falei que se o Felipão não mudasse, o Brasil tomaria de cinco. Acertei em partes, porque isso foi só no primeiro tempo. Tenho a impressão que a derrota não foi dolorida, foi vexatória. Uma geração mimada, bocó e superestimada assumiu o papel de “equipe de parças” e se fechou para o óbvio — analisou.

Para a analista, revisitar aquele 8 de julho de 2014 é um choque de realidade sobre o nível do futebol brasileiro em comparação com as outras potências mundiais no esporte.

— Não, o Brasil não tem monopólio do futebol. Somos bons, temos ótimos jogadores, somos sempre candidatos a título: e só. Para passar de candidato a campeão é necessário mais senso de competição, de coletividade e de espelho. Os jogadores da Seleção Brasileira gostarem de estar na Seleção: é muito diferente de gostarem da Seleção. Nisso os principais rivais estão muito à frente. Muito — completou.

Deu na IstoÉ

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