A primeira-dama Janja Lula da Silva, 57 anos, comandou nos primeiros dias da tragédia as ações públicas a ajuda do governo federal para o Rio Grande do Sul por causa das enchentes. A mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 78 anos, foi a personalidade com mais visibilidade durante as primeiras semanas do desastre. Chorou por causa do cavalo caramelo. Ajudou a entregar ração para pets abandonados. E fez foto dentro do avião presidencial mostrando cestas básicas acomodadas em poltronas e com os cintos de segurança afivelados.
Pesquisa PoderData realizada de 25 a 27 de maio de 2024 mediu o que os eleitores brasileiros acharam de todo esse protagonismo. O resultado foi desfavorável para a primeira-dama: 51% dos eleitores desaprovam as ações de Janja no Rio Grande do Sul. Só 28% aprovam. Outros 21% não souberam responder.
Desde o início da tragédia no Rio Grande do Sul, que já contabiliza mais de 2,3 milhões de afetados e 581 mil desalojados, Janja foi ao Estado 4 vezes e influenciou e realizou ações relacionadas à situação. Como este Poder360 já mostrou, Janja assumiu a imagem do governo nas ações de ajuda a vítimas gaúchas.
Algumas das ações marcantes da primeira-dama foram:
o resgate do cavalo Valente Caramelo, nome dado por ela;
a visita acompanhada de ministros, em que os chefes de ministérios ficaram em 2º plano;
participação no envio de 20 toneladas em ração para o Estado.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 25 a 27 de maio de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram realizadas 2.500 entrevistas em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
ESTRATIFICAÇÃO
O Poder360 estratifica os dados por recortes demográficos. Eis a avaliação dos eleitores do trabalho de Janja no Rio Grande do Sul por sexo, idade, escolaridade, renda e religião. Como se observa no quadro a seguir, a desaprovação à atuação da primeira-dama é generalizada em todos os recortes demográficos:
Nesta reportagem, o PoderData mostra que, ainda que com oscilações na margem de erro, a região Sul é onde o trabalho da primeira-dama teve menos rejeição.
JANJA NO RS X VOTO EM 2022
O PoderData cruzou as respostas da avaliação da atuação de Janja no Rio Grande do Sul com a declaração de voto dos eleitores no 2º turno das eleições de 2022. Os percentuais oscilam pouco, e dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais, dentre os lulistas e os bolsonaristas. A reprovação ao desempenho da primeira-dama é alta em ambos os grupos –tanto entre eleitores de Lula como de Jair Bolsonaro (PL).
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METODOLOGIA
A pesquisa PoderData foi realizada de 25 a 27 de maio de 2024. Foram entrevistadas 2.500 pessoas com 16 anos de idade ou mais em 211 municípios nas 27 unidades da Federação. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade, grau de instrução, região e renda. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
As entrevistas foram realizadas por telefone (para linhas fixas e de celulares), por meio do sistema URA (Unidade de Resposta Audível), em que o entrevistado ouve perguntas gravadas e responde por meio do teclado do aparelho. O intervalo de confiança do estudo é de 95%.
Para facilitar a leitura, os resultados da pesquisa foram arredondados. Por causa desse processo, é possível que o somatório de algum dos resultados seja diferente de 100. Diferenças entre as frequências totais e os percentuais em tabelas de cruzamento de variáveis podem aparecer por conta de ocorrências de não resposta. Este estudo foi realizado com recursos próprios do PoderData, empresa de pesquisas que faz parte do grupo de mídia Poder360 Jornalismo.
Deu no Poder360