A bancada evangélica ainda não digeriu fala do líder da frente, Silas Câmara (Rep-AM), que mudou o discurso da água para o vinho após se reunir com Fernando Haddad (Fazenda) na última semana.
Ao passar pano e declarar “diálogo aberto com o governo” sobre o fim da isenção fiscal a pastores, membros da própria frente dispararam contra Silas. “Que diálogo? Com que pastor? Ele que fale por ele”, retrucou à coluna o vice-presidente da frente, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A frente se ressente por não ter sido chamada antes da tesourada. O clima piorou quando Haddad escolheu a dedo a quem daria explicações.
O próprio Silas chamou a medida do governo Lula de “lamentável”. Após um cafezinho com Haddad, o atual presidente da frente recuou.
“Cai na chantagem do governo quem quiser”, diz Sóstenes ao avaliar que o governo falhou na tentativa de se aproximar do segmento.
Reservadamente, membros da frente acusam o governo de tentar negociar a manutenção da isenção por pautas de interesse do Planalto.
Deu no Diário do Poder