Anvisa cancela registro de mais de 1.200 pomadas modeladoras de cabelo

 

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) cancelou os registros de mais de 1.200 pomadas utilizadas para modelar, tranças ou fixar os cabelos.

A decisão e a lista completa de produtos alvos da medida foram publicadas no Diário Oficial da União da sexta-feira (29). No seu site oficial, a agência tem o rol das pomadas que são autorizadas no Brasil (consulte aqui).

Segundo a agência reguladora, a resolução publicada já estava planejada e não “estão diretamente relacionados aos eventos mais recentes de irritação ocular, que estão em investigação.”

Mais de cem pessoas deram entrada na emergência oftalmológica do Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio de Janeiro, de segunda (25) a terça-feira (26) com queimaduras nos olhos, após o uso de pomada modeladora de cabelos.

De acordo com nota da Anvisa, o caso do Rio de Janeiro está em análise com ajuda dos órgãos de saúde fluminenses. “O objetivo é tomar as medidas necessárias para proteger a saúde pública e responder rapidamente aos riscos identificados.”

As pomadas modeladoras são utilizadas para penteados, desde modelos para casamentos até tranças e o chamado “baby hair”. São produtos muito usados em cabelos crespos e cacheados para trazer definição, mas podem ser aplicados em qualquer tipo de cabelo.

A Anvisa afirma que os produtos alvos da medida não atendem às regras atuais estabelecidas em setembro, após as ocorrências dos casos de queimaduras causadas por pomadas.

Entre as regras atuais, está proibido ter o nome pomada no rótulo ou ter entre os integrantes da fórmula produtos com concentração de álcoois etoxilados igual ou superior a 20%.

Duas resoluções da Anvisa, uma de setembro de outra de novembro, já haviam cancelado o registro de outras 1.700 pomadas.

A agência também criou uma página para receber informações sobre “casos de efeitos indesejáveis ocasionados por produtos para trançar/modelar os cabelos”.

Nos últimos meses, diz a Anvisa, o uso dessas pomadas tem resultado em casos de “cegueira temporária (perda temporária da visão), forte ardência nos olhos, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça.”

Créditos: Folha de S. Paulo.

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