Quem visitou a praia de Ponta Negra na manhã desta quinta-feira (4), tomou um susto: a faixa de areia estava repleta de pequenas caravelas e, em alguns trechos, ficou até dificil caminha entre os “perigosos” animais.
O registro da ocorrência ambiental foi feito pela página Natal Free Surf, no Instagram. Segundo eles, caravela é do tipo portuguesa e o surgimento dela nesta época do ano é considerado “incomum”. Pelo menos, até o momento, não houve nenhum relato de caso de queimadura em surfistas ou banhistas.
Ainda conforme o perfil que realizou o alerta, a suspeita é que as condições do mar, vento e clima tenham favorecido para esse fenômeno.
Vale lembrar que, em geral, as caravelas vivem afastadas da costa, navegando pelo oceano, mas se aproximam das praias principalmente levadas pelos ventos. Daí que quando tem vento forte a gente encontra várias encalhadas na areia da praia, ou pior, durante uma entrada no mar.
No verão, quando sopram ventos fortes de leste e nordeste, as caravelas portuguesas são trazidas mais para a beira da praia, causando curiosidade aos banhistas.
Caravela potuguesa
Elas são um tipo de zooplâncton, ou seja, são animais marinhos que vivem na interface entre o ar e o mar – meio no mar e meio no ar. Embora pareçam, as caravelas não são águas-vivas. As águas-vivas verdadeiras são transparentes, vivem principalmente na coluna d’água e possuem simetria radial.
Os tentáculos das caravelas-portuguesas podem atingir até 50 metros – embora tenham em torno de 10 metros em média – e, conforme são arrastadas pelas correntes e pelo ventos, eles vão paralisando e capturando pequenos peixes e larvas de peixes que encontram para sua alimentação.
O que fazer em caso de queimadura por uma caravela portuguesa
A caravela portuguesa é tão perigosa como bonita. Segundo estatísticas, ela é a principal responsável, em número e gravidade, por acidentes deste tipo no Brasil, principalmente no verão. A seguir, você encontra algumas instruções caso acabe entrando em contato com alguma caravela, veja:
Nunca lave com água doce. Isso pode ativar ainda mais o veneno;
Remova, com cuidado, partes dos tentáculos que possam ter ficado presos na pele;
Para inativar o veneno lave com soro fisiológico e/ou imersão da lesão em ácido acético a 5% (vinagre) ou álcool isopropílico a 70%, durante 15 a 30 minutos;
Se não tiver nada disso, melhor lavar com água do mar;
Coloque compressas frias por 5 a 10 minutos, isso ajuda a diminuir a dor;
Cuide para não deixar cair água doce no local;
Se tiver sintomas mais graves, procure ajuda médica
Deu na 96FM