O presidente do Equador disse que a posse e o porte de armas para legítima defesa estão autorizados no país, que vive uma crise de segurança pública envolvendo o tráfico de cocaína e altos índices de violência urbana provocados por facções criminosas.
Em um pronunciamento na TV, o direitista Guillermo Lasso afirmou que os armamentos devem ser usados para “defesa pessoal, de acordo com as exigências da lei e dos regulamentos”. Ele também disse que os cidadãos de bem têm “um inimigo em comum: a delinquência, o tráfico de drogas e o crime organizado”.
Além das armas, o mandatário anunciou outras duas medidas para ajudar a diminuir os índices de violência: liberação do uso de spray de pimenta para defesa pessoal e decretação de estado de emergência nas três regiões equatorianas mais atingidas pela criminalidade.
“Declaramos estado de emergência na zona 8, que inclui [as cidades de] Guayaquil, Durán e Samborondón, e nas províncias de Santa Elena e Los Ríos”, detalhou o presidente. “Estou tão preocupado quanto vocês com a insegurança”, completou ele no discurso.
O governo também anunciou uma operação conjunta entre Forças Armadas, Polícia Nacional e Inteligência para fortalecer a segurança. Por 70 dias, as cidades incluídas no decreto presidencial ficarão sob toque de recolher na madrugada, entre 1h e 5h.
As medidas vêm em resposta a uma série de episódios de crimes violentos que assustaram os equatorianos nos últimos dias. Os delitos incluem o abandono de uma cabeça humana um parque movimentado e o sequestro de um homem, que depois foi libertado com explosivos presos ao seu corpo. O desarme da bomba demorou mais de 3 horas.
Paralelamente aos problemas envolvendo a criminalidade, Guillermo Lasso ainda vivencia uma crise política. No cargo desde 2021, o chefe do Executivo é assombrado por acusações de corrupção e virou alvo de pedidos de impeachment no Congresso. Ele nega todas as acusações.
Deu no Conexão Política