Nova proposta do Governo Fátima mantém piso da educação parcelado

Na segunda-feira (27), professores aprovaram indicativo de greve por não aceitarem piso parcelado

 

Com a iminência da deflagração de uma greve por tempo indeterminado na rede estadual de educação, o Governo do Estado encaminhou nova proposta de implementação do piso nacional dos professores. O novo plano do governo é  fazer o reajuste de 14,95% no mês de março com o retroativo de janeiro e fevereiro para professores que recebem abaixo do valor do piso, que é R$ 4.420,55.

Para os demais (incluindo aposentados e pensionistas com paridade), a intenção é conceder 6,5% de reajuste em maio e 7,93% em dezembro, com o retroativo pago em 8 parcelas, entre maio e dezembro do próximo ano. A ideia de parcelar o pagamento foi um dos obstáculos para a categoria recusar a proposta anterior e aprovar um indicativo de greve.

“A Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer informa que o reajuste do piso do magistério, assim como é realizado todos os anos, será pago. O diálogo com o SINTE é permanente e trabalhamos para que a categoria aceite uma proposta de implementação que garanta o equilíbrio fiscal do Estado”, informou a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC).

Na última segunda-feira (27), os professores decidiram em assembleia acatar um indicativo de greve com uma paralisação que pode começar nesta sexta-feira (3), caso as negociações não avançassem. A ameaça de paralisação veio após a categoria recusar a proposta anterior do Governo, que pretendia aplicar 14,95% para os que recebem abaixo de R$ 4.420,55 com retroativo a janeiro 2023 e, para os demais, implantar de 5,79 % na folha de maio (correspondente a inflação 2022 medida pelo IPCA) mais 8,66% na folha de dezembro (totalizando 14,95% para todos).

O Sindicato defende que os 14,95% sejam implementados de uma vez para todos e que o governo pague o passivo referente ao piso 2022 em 12 parcelas e não em 14 como o governo tinha sugerido. A assembleia na sexta está mantida para a nova proposição ser apresentada à categoria.

“Até lá o Sindicato espera que a Secretária apresente uma nova proposta. Prevenido, o Sinte indicou na mesa desta terça (28/02) que mais uma vez deseja ter o Núcleo de Ações Coletivas (NAC) como mediador de qualquer acordo que eventualmente possa firmar com o Governo nas próximas semanas após aprovação da categoria”, informou o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do estado (Sinte/RN).

Uma greve neste início de ano deve comprometer as aulas que se iniciaram na maioria das escolas da rede estadual no último dia 13 de fevereiro, dando início ao ano letivo de 2023 no Rio Grande do Norte. De acordo com a SEEC, mais de 210 mil matrículas já foram confirmadas nas 615 unidades de ensino da rede.

Deu na Tribuna do Norte

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