Prefeitura de Parnamirim investe em projeto que proporciona mais agilidade no atendimento aos casos de infarto

Quanto custa salvar uma vida?

No caso do infarto, a agilidade e uma comunicação alinhada entre a equipe médica, pode fazer a diferença.

É nesse sentido que a Prefeitura de Parnamirim, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesad), desenvolve desde o ano passado, na UPA de Nova Esperança, o projeto Sprint. 

A iniciativa é uma parceria entre a administração municipal e a farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim, que visa o aperfeiçoamento do atendimento ao paciente vítima de infarto grave. O projeto possibilita o diagnóstico rápido e a estratégia terapêutica mais adequada para reduzir a mortalidade pela doença. 

De acordo com Ana Cristina Melo, diretora de enfermagem da UPA de Nova Esperança, a operacionalização do projeto ocorre mediante um aplicativo de comunicação chamado “Join”, contando com uma estrutura própria dentro da unidade, incluindo tablets, internet 4G, base de dados sistemática online de apoio, com médicos especialistas. 

Mediante o aplicativo, é realizada uma conexão com o centro de referência em Hemodinâmica do Hospital Universitário Onofre Lopes, em Natal, que oferece o suporte diagnóstico rápido, quando necessário e a estratégia terapêutica a ser realizada. Assim, o paciente que procura a UPA com suspeita de infarto já tem o atendimento remoto de um cardiologista logo na sua chegada. A ferramenta permite ainda que informações médicas importantes sejam compartilhadas entre as equipes multidisciplinares em tempo real.

O projeto foi implantado na UPA em abril do ano passado e desde então já foram atendidos 63 casos suspeitos com confirmação de 22 pacientes acometidos com infarto grave, dos quais, 14 foram trombolizados e 8 fizeram cateterismo cardíaco. 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Infarto Agudo do Miocárdio é a maior causa de mortes no país. Estima-se que, no Brasil, ocorram de 300 mil a 400 mil casos anuais de infarto e que a cada 5 a 7 casos, ocorra um óbito. Para diminuir o risco de morte, o atendimento de urgência e emergência, nos primeiros minutos, é fundamental para salvar uma vida.

 

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