Cármen Lúcia rejeita queixa-crime de ex-secretária da Saúde contra CPI da Covid

 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia negou uma queixa-crime movida pela ex-secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Mayra Pinheiro contra a cúpula da CPI da Covid. A decisão foi publicada no sistema da Corte nesta terça-feira (5).

A ação argumentava que os senadores da comissão violaram o sigilo funcional da ex-integrante do Ministério da Saúde, ao repassar à imprensa conteúdos de e-mails e dados pessoais.

Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”, moveu o processo contra Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), presidente e vice da CPI, e Renan Calheiros (MDB-AL), relator do colegiado.

Mayra defendia que a exposição das informações visava “subjugar, ofender e humilhar” a ex-secretária, que depôs durante o trabalho da CPI no Senado. No entanto, Cármen Lúcia determinou o arquivamento da queixa-crime por considerar que não há justa causa para que ela prossiga no Supremo.

“A justa causa na ação penal impõe-se pela plausibilidade jurídica da imputação e suporte probatório mínimo a sustentar a acusação. Na espécie, verifica-se carência de algum elemento probatório apto a demonstrar indícios de autoria”, avaliou a ministra.

Nas redes sociais, Renan Calheiros acusou Mayra de ser responsável pela morte de brasileiros e comemorou a decisão do STF. “Ela voltará aos tribunais, mas para explicar a prescrição de cloroquina em Manaus que matou milhares de brasileiros”, afirmou.

Informações da CNN Brasil

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