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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nessa segunda-feira (27/1), ordens executivas que determinam que pessoas transexuais não possam mais se identificar com um gênero divergente ao do nascimento nas Forças Armadas. Trump ainda ordenou a reintegração de muitos militares demitidos por se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19.
“A medida é consistente com a missão militar e a política de longa data do Departamento de Defesa. Expressar uma falsa ‘identidade de gênero’ divergente do sexo de um indivíduo não pode satisfazer os padrões rigorosos necessários para o serviço militar”, detalha a ordem.
Ainda segundo a medida, “além das intervenções médicas hormonais e cirúrgicas envolvidas, a adoção de uma identidade de gênero inconsistente com o sexo de um indivíduo entra em conflito com o comprometimento de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”.
As novas regras fazem parte do conjunto de ordens executivas elaboradas por Trump e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth. Os republicanos descreveram as medidas como um esforço para “retornar as forças armadas a uma cultura profissional assumidamente masculina”.
Eles ainda afirmaram que é uma forma de mostrar que rejeitam os tipos de práticas equitativas de contratação, as quais Hegseth responsabiliza pela redução nos padrões e na capacidade de combate das Forças Armadas.
As determinações vão na mesma direção das outras ordens assinadas por Trump na semana passada, que eliminaram programas de diversidade, equidade e inclusão em todo o governo federal e limitaram o reconhecimento governamental do gênero de um indivíduo ao sexo de nascimento.
“A afirmação de um homem de que é uma mulher e sua exigência de que outros respeitem essa falsidade não são consistentes com a humildade e a abnegação exigidas de um membro do serviço”, destaca a ordem de Trump.
O presidente ainda ordenou que o Pentágono encerrasse os programas de diversidade.
Apesar de a ordem não ter excluído ninguém imediatamente do serviço militar, ela deu ao Pentágono 60 dias para atualizar a política sobre padrões médicos e 30 dias para apresentar orientações revisadas sobre como implementar a visão do governo.
Deu no Metrópoles