Lula armou teatro de demissão ‘a pedido’ de Prates

Foto: Divulgação

 

O governo divulgou que foi Lula quem demitiu Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, mas, no teatro combinado com o governo, o ex-senador fez a estatal divulgar nota há pouco, informando ter sido dele as iniciativa de sair do cargo e de indicar Magda Chambriard como sua substituta.

Desafeto de Prates, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), a quem a estatal é oficialmente vinculada, enviou ofício à empresa minutos depois da decisão de Lula, indicando Chambriard à presidência da companhia e para substituir Prates no conselho de administração. No ofício, conta a lorota de que a substituição ocorrerá após “pedido” de Prates de “encerramento antecipado de seu mandato” de “forma negociada”. Mas ele não se demitiu, foi demitido mesmo.

Informa ainda a Petrobras, em nota, que a indicação de Magda Chambriand “será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo as respectivas análises de conformidade e integridade necessárias ao processo sucessório da Companhia, com apreciação pelo Comitê de Pessoas e pelo Conselho de Administração”, como se a indicação de Lula ficasse sujeita a esses procedimentos.

A nota da estatal informa dados do currículo da noa presidente da companhia: mestre em Engenharia Química e Engenheira Civil, especializada em engenharia de reservatórios e avaliação de formações e posteriormente em produção de petróleo e gás, na hoje denominada Universidade Petrobras.

“Fez diversos cursos, além dos relativos à produção de óleo e gás, dentre os quais Desenvolvimento de Gestão em Engenharia de Produção, Negociação de Contratos de Exploração e Produção, Qualificação em Negociação na Indústria do Petróleo, Gerenciamento de Riscos, Contabilidade, Gestão, Liderança, desenvolvimento para Conselho de Administração”, diz a nota.

Chambriand iniciou sua carreira na Petrobras em 1980, atuando sempre na área de produção, onde acumulou conhecimentos sobre todas as áreas em produção no Brasil. Foi cedida à ANP, para assumir assessoria da diretoria de Exploração e Produção em 2002, quando atuava como consultora de negócios de E&P, na área de Novos Negócios de E&P da Petrobras.

Na ANP, logo após assumir a assessoria, assumiu também as superintendências de exploração e a de definição de blocos, com vistas a rodadas de licitação. Foi responsável pela implantação do Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da ANP, que resultou na coleta de dados essenciais para o sucesso das licitações em bacias sedimentares de novas fronteiras.

Assumiu a Diretoria da ANP em 2008 e a Diretoria Geral em 2012, tendo liderado a criação da Superintendência de Segurança e Meio Ambiente, Superintendência de Tecnologia da Informação, os trabalhos relativos aos estudos e elaboração dos contratos e editais, além dos estudos técnicos que culminaram na primeira licitação do pré-sal, além das licitações tradicionais sob regime de concessão.

Deu no Diário do Poder

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