Pesquisadores da UFRN criam ferramenta capaz de prever casos de dengue com até 6 semanas de antecedência

Natal vive aumento exponencial de casos de dengue - Foto: Reprodução

 

Com base em inteligência artificial, é possível saber se uma determinada região terá casos de dengue com até 6 semanas de antecedência, antes de a primeira pessoa adoecer.

Essa é a proposta de uma ferramenta criada por pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais/UFRN) e do Centro de Zoonoses do município de Natal. Os resultados dessa ferramenta já foram publicados em um artigo científico na revista Scientific Reports do grupo Nature, periódico de reconhecimento internacional.

Os pesquisadores desenvolveram um método baseado em inteligência artificial que analisou diversas fontes de dados, como o depósito dos ovos dos mosquitos Aedes Aegypti em armadilhas que são distribuídas pela cidade, os casos confirmados e as internações hospitalares de pacientes que adoecem com dengue no município de Natal.

Entre as informações coletadas, estão os dados referentes a internações hospitalares e o número de casos confirmados. Esses cruzamento de dados foram importantes para que a tecnologia baseada em inteligência artificial conseguisse aprender a prever surtos de dengue em um município com semanas de antecedência.

Para realizar o estudo, foram espalhadas armadilhas para coletar ovos, conhecidas como ovitrampa (que simulam um ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti), nas quatro regiões de Natal, a cada 300m², formando uma malha de captura de mosquitos e ovos.

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