Sob Lula, direção da Abin interferiu em investigação, afirma Polícia Federal

São Paulo - Polícia Federal chega a construtora Odebrecht na 23ª fase da Operação Lava Jato( Rovena Rosa/Agência Brasil)

 

Os investigadores da Polícia Federal (PF) envolvidos na Operação Vigilância Aproximada informaram que, após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumir o Planalto, a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) “realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação”. Os policiais dizem, no entanto, que ainda não identificaram o objetivo dessa manobra.

A informação consta relatório que autorizou a operação, deflagrada nesta quinta-feira (25). A investigação da PF aponta que a Abin de Lula atuou com interferências.

Trecho de relatório obtido pelo portal Metrópoles indica o seguinte: “A gravidade ímpar dos fatos é incrementada com o possível conluio de parte dos investigados com a atual alta gestão da Abin, cujo resultado causou prejuízo para a presente investigação, para os investigados e para a própria instituição”.

No documento, os policiais tecem críticas à atuação do antigo diretor de Inteligência da PF Alessandro Moretti, que hoje ocupa o segundo cargo na hierarquia da Abin. O relatório também aponta que, em reunião com investigadores à frente do caso, Moretti teria dito que a apuração seria “fundo político e iria passar”.

Isso, porém, “não é a postura esperada de delegado”, descreve a resolução.

Ainda conforme o documento, a reverberação das declarações da direção da Abin “possui o condão de influir na liberdade e na percepção da gravidade dos fatos pelos investigados ao afirmar a existência de ‘fundo político’ ao declarar se tratar de ‘Politização e disputas mesquinhas de poder com a Inteligência de Estado’, em demérito à presente investigação”.

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