Patrícia Lélis usou nomes falsos em esquema de fraude

 

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou na última sexta-feira (12) acusações contra a brasileira Patrícia Lélis, atualmente foragida da justiça americana. A militante esquerdista é acusada de enganar clientes ao se passar falsamente por advogada de imigração, utilizando nomes falsos no esquema.

Segundo as autoridades, Lélis criou a identidade fictícia de “Jeffrey Willardsen”,um suposto funcionário de uma empresa de investimento imobiliário do Texas, para persuadir uma vítima a realizar depósitos de dinheiro. Outro nome falso utilizado foi “Nicole Stone”, por um colega da brasileira que seguia suas orientações para convencer a mesma vítima.

A acusação aponta ainda que a ex-filiada do Partido dos Trabalhadores (PT) teria usado sem autorização a assinatura de um advogado e tabelião, identificado apenas como F.M, no golpe. Uma investigação revelou que, em setembro de 2021, a vítima, identificada como Indivíduo A, procurou a brasileira para obter residência legal permanente para seus pais nos EUA, com vistos de classificação E-2 e EB-5.

Dois depósitos de 135 mil dólares (cerca de R$ 661,9 mil cada) foram feitos pelas vítimas, acreditando que o dinheiro seria destinado a uma empresa no Texas qualificada no programa de vistos. Entretanto, os valores foram parar na conta bancária da brasileira, sendo utilizados para adquirir uma casa, reformar banheiros e outras despesas pessoais.

O Departamento de Justiça afirmou que Patrícia Lélis forneceu um número de processo falso, indicando-a como advogada do litígio, apesar de não possuir licença para advogar. A acusação inclui também a falsificação de formulários de imigração dos EUA, múltiplas assinaturas forjadas e recibos falsos do projeto de investimento texano, enviados por e-mail para enganar uma das vítimas.

Além disso, “Nicole Stone” e “Jeffrey Willardsen” foram identidades inventadas pela brasileira para convencer as vítimas, com amigos auxiliando nas comunicações por ligações e videochamadas. Outro indivíduo, identificado como Indivíduo C, também teria sido vítima do esquema ao buscar ajuda para regularizar um funcionário estrangeiro, depositando cerca de 28 mil dólares (R$ 137,2 mil).

A promessa de Patrícia Lélis de utilizar o dinheiro para obter o visto não foi cumprida, e documentos falsificados, incluindo recibos e procedimentos de obtenção de visto, foram oferecidos às vítimas.

Se condenada, Patrícia Lélis pode enfrentar pena máxima de 20 anos de prisão por fraude eletrônica, 10 anos por transações monetárias ilegais e, no mínimo, dois anos adicionais por roubo de identidade agravado. O paradeiro atual da brasileira é desconhecido.

Fonte: O Globo

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