A ora-pro-nóbis é uma planta com ao menos três sub-espécies que crescem no Brasil. Tradicionalmente, as folhas escuras fazem parte da alimentação em algumas partes do país, mas seus nutrientes e seu alto teor proteico a tornaram mais popular nos últimos anos.
Entretanto, ainda existem dúvidas sobre as suas variedades. Uma das principais é se a ora-pro-nóbis de flores rosas pode ser tóxica se consumida crua. A farmacêutica especializada em fitoterapia Angela Xavier, de Goiânia, afirma que não.
“Podemos comer sim a ora-pro-nóbis crua, inclusive ela é bastante usada em saladas e tem um sabor suave que harmoniza com outras hortaliças”, indica.
Ora-pro-nóbis é tóxica?
O que ocorre é que as folhas da variedade rosa (Pereskia grandifolia) são muito ricas em oxalato, uma substância que não é tóxica, mas dificulta a atividade dos rins e do intestino quando consumida em grandes quantidades.
Lavar as folhas antes de comer já diminui a concentração do oxalato — cozinhá-las praticamente elimina a substânica. Limpa e sem exageros, a ora-pro-nóbis não traz consequências ruins para a saúde.
Pessoas com histórico de problemas nos rins devem dar preferência ao consumo das folhas cozidas. Mas, de forma geral, a planta traz mais benefícios que preocupações, esclarece Angela.
“Ela é rica em vários nutrientes, especialmente na vitamina A, que combate o envelhecimento, tem muitas fibras que melhoram a digestão, uma ótima quantidade de proteínas e de triptofano, essencial para a produção de serotonina e o bom funcionamento do cérebro”, resume.
Ainda assim, a variedade de flores rosas é a menos comum da planta — a mais conhecida é a de flores brancas (Pereskia aculeata), que não é rica em oxalato.
Deu no Metrópoles