Tropas de Israel caçam terroristas do Hamas dentro de hospital em Gaza

 

O maior hospital de Gaza tornou-se, nesta quarta-feira (15), o principal alvo da caçada a terroristas do Hamas por tropas de Israel. Guiados por dados de inteligência sobre túneis construídos pelos extremistas que trucidaram israelenses em 7 de outubro, as forças militares vasculharem quartos e porão do Hospital al-Shifa, após um cerco ao prédio que abriga milhares de civis feridos e suspeitos de serem mantidos reféns de terroristas, como escudos humanos.

O diretor do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse estar “horrorizado” com a operação. Mas Exército de Israel a justifica informando que o Hamas concentra o comando de suas operações terroristas em um quartel-general construído sob o hospital.

As Forças de Defesa de Israel divulgaram que atuam com soldados treinados especialmente para esta operação, ao ressaltar que estão em guerra somente com o Hamas. “Continuamos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para mitigar o risco para os civis”, disse a publicação nas redes sociais.

Ao negar ter havido embate com funcionários e pacientes no interior do hospital, o exército israelense divulgou que incubadoras, comida para bebé e suprimentos médicos que enviaram chegaram com sucesso ao hospital.

“Nossa equipe médica e soldados que falam árabe estão no terreno para garantir que esses suprimentos cheguem aos necessitados”, diz a postagem das Forças de Defesa de Israel. “Em vez de tratar os doentes, o Hamas utiliza hospitais para o terrorismo. Esta exploração doentia do povo de Gaza deve ser interrompida”, conclui, em outra publicação do exército israelense.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, considerou serem “profundamente preocupantes” as informações sobre incursão militar no Hospital al-Shifa, ao alertar que a agência voltou a perder contato com a equipe da unidade de saúde. E o Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou estar “extremamente preocupado” com o impacto da operação para pacientes e feridos, profissionais da saúde e civis.

Deu no Diário do Poder

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