Com o pai na presidência, Lulinha cogita voltar aos negócios

 

Passados nove meses completos do terceiro mandato do pai como presidente da República, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, já está preparando seu retorno ao mundo dos negócios e, para isso, já tirou da gaveta uma das empresas que utilizou para prestar serviços à operadora Oi. A informação foi publicada nesta segunda-feira (16) pelo site Metrópoles.

Segundo o veículo, o novo endereço da sede da empresa de Lulinha, a G4 Entretenimento Digital, fica em uma sala que está há anos bloqueada na Justiça por ter pertencido a um chefão do tráfico. Fontes próximas do filho do chefe do Executivo dizem que o novo modelo de negócio não está fechado, mas que Lulinha teria interesse na área de games, que integrava a programação da PlayTV.

O canal, que pertencia ao Grupo Bandeirantes, mantinha um contrato com a Gamecorp, da qual o filho de Lula era sócio, para exibição de videoclipes e programas sobre jogos. A participação de Lulinha na empresa foi vendida ao filho do locutor esportivo Walter Abrahão, que depois a repassou a um advogado que já era seu parceiro no negócio.

A G4 é uma das quatro empresas de Lulinha. A companhia era sócia da Br4 Participações, que, por sua vez, estava nos quadros de controladoras da Gamecorp. As empresas do filho de Lula foram alvo da Operação Lava Jato, que investigou repasses da Oi para a Gamecorp. O caso acabou transferido para São Paulo, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu seu arquivamento.

Com a passagem da Lava Jato, Lulinha deixou suas empresas fora de operação. Entretanto, o filho do presidente reativou apenas uma delas, de consultoria, sediada no apartamento em que mora, em Moema, na Zona Sul de São Paulo. Sobre a G4, que tinha apenas um endereço até meados deste ano, Lulinha registrou um novo local, uma sala de 34 metros quadrados.

A sala, no entanto, tem um imbróglio e está bloqueada pela Justiça. No registro público de imóveis, o local pertence à empresa Marysol, ligada a Gustavo Bautista, um conhecido chefão do tráfico internacional de drogas que está preso no Uruguai e foi investigado por atuar também no Brasil.

Segundo o Metrópoles, fontes próximas ao filho do presidente dizem que Lulinha estaria prestes a pagar a primeira mensalidade do aluguel, mas que, depois de ser contatado pela reportagem do veículo a respeito da história do imóvel, isso o teria “assustado”. O veículo disse ainda que ele pode, agora, procurar outro lugar para ser endereço de sua empresa.

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