Presidente da Pfizer prevê novas pandemias: ‘Estamos preparados’

 

A presidente da Pfizer Brasil, Marta Díez, prevê que a humanidade ficará cada vez mais suscetível a ter pandemias nos anos que virão. Por outro lado, a CEO considera que estamos “preparados” para lidar com elas, devido aos ensinamentos que tiramos do enfretamento da Covid-19.

– Os cientistas falam que no futuro seremos mais suscetíveis a novas pandemias. Seja porque as doenças infecciosas estão aumentando, seja pela interconectividade do mundo. Que vamos ter novas, parece que é fato; que estamos preparados também é fato. Os países ficaram muito conscientes das vulnerabilidades dos sistemas de saúde. E a outra parte é a tecnológica. A plataforma mRNA [tecnologia usada na vacina de Covid-19 da Pfizer] está muito adaptada para pandemias – disse ela em entrevista ao UOL Líderes.

De acordo com Díez, após a pandemia do coronavírus, a Pfizer descobriu que é possível inovar em um curto período de tempo e já está trabalhando em outros projetos que considera “prioritários”.

– Conseguimos trazer uma inovação na Pfizer em um tempo muito curto. O que estamos agora tirando de lição internamente é como nós conseguimos trazer todo esse foco e essa velocidade para projetos que achamos que são importantes. Porque sabemos que na saúde cada dia importa. A pergunta é como nós conseguimos sustentar essa agilidade e trazer esse produto três meses antes, seis meses antes, um ano antes – acrescentou.

Marta Díez também apontou que houve uma redução na cobertura vacinal, e chamou o caso de “catastrófico” para a saúde pública.

– Antes da pandemia já tinha uma queda das taxas de vacinação. A pandemia acelerou muito. Pós-pandemia, as taxas não se estão recuperando. O que é catastrófico para a saúde pública, porque tem probabilidade de surtos de doença que estão praticamente erradicadas, como sarampo, coqueluche – ponderou.

Ela afirma ainda que a empresa realizou pesquisas para entender os motivos para a queda na vacinação, e chegou a fatores como “desconhecimento”, complexidade do calendário vacinal, e as dificuldades de ir até um centro de vacinação.

– Fizemos uma pesquisa para entender melhor, e tem várias razões. Uma importante é o desconhecimento. O calendário vacinal ficou complexo. Outra razão é ter que ir até o centro de vacinação, muitas pessoas têm que trabalhar e não querem ou não podem tirar um dia para levar os meninos para vacinar. Tem poucas pessoas que falam que realmente não querem vacinar. Estamos falando que vacinar na escola seria uma iniciativa muito boa, e continuar informando as pessoas – concluiu.

Com informações do Uol

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