Quatro ONGs que atuam na Amazônia receberam mais de R$ 200 milhões entre 2020 e 2022, revela CPI

Plínio Valério

 

Documentos e balanços divulgados por Organizações Não Governamentais (ONGs) que atuam na Amazônia mostram o recebimento de valores milionários nos últimos anos.

Segundo o senador Plínio Valério (PSDB-AM), presidente da CPI das ONGs, apenas quatro entidades embolsaram R$ 211,9 milhões entre os anos de 2020 e 2022, sendo que, de acordo com o senador, 80% do valor é doado por financiadores estrangeiros para que as organizações atuem na região amazônica.

De acordo com o parlamentar, os balanços estão sendo analisados pela CPI para investigar supostas irregularidades, como superfaturamento de serviços, contratos com órgãos públicos, enriquecimento de dirigentes, compra de imóveis rurais e paralisação de obras públicas. As análises servirão como base para pedidos de quebra de sigilo bancário e fiscal de algumas ONGs, disse.

Definido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) como líder de um consórcio de ONGs menores, o Instituto Socioambiental (ISA) embolsou R$ 137,4 milhões de fundos estrangeiros e do Fundo Amazônia entre 2021 e 2022 para desenvolver projetos de proteção de indígenas e da floresta.

No entanto, segundo o senador, não existe comprovação da aplicação desses recursos, “já que Yanomamis e outras tribos estão morrendo de inanição e outras doenças, e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) registra que nos últimos anos houve recordes seguidos de desmatamento”. O valor embolsado pelo ISA seria capaz de arcar com o custo de 212 mil benefícios do programa Bolsa Família.

Deu na Jovem Pan

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