Walter Delgatti é convocado para prestar novo depoimento à Polícia Federal

 

O hacker Walter Delgatti Neto foi convocado pela Polícia Federal (PF) para prestar novo depoimento nesta sexta-feira, 18.

A convocação ocorre após a corporação encontrar contradições na oitiva do “hacker da Vaza Jato” na CPMI do 8 de Janeiro nesta quinta-feira, 17. Além disso, novos elementos também foram encontrados na investigação, o que motiva a realização de um segundo depoimento. Em sessão na comissão parlamentar que investiga os atos do 8 de Janeiro, em Brasília, Delgatti disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ofereceu um indulto presidencial a ele em troca de simulação de invasão das urnas eletrônicas, caso ele fosse preso.

Segundo o hacker, a intenção do ex-chefe do Executivo era alegar fragilidades do sistema eleitoral brasileiro. “Bolsonaro me disse que eu estaria salvando o Brasil e que a liberdade do povo estava em risco. Que eu preciso ajudar a garantir a lisura das eleições. Contou que nas eleições de 2018 teve acesso a um relatório da PF que ela poderia ter sido manipulada. Ele disse que não entendia nada da parte técnica e que eu precisava ir para o Ministério da Defesa para conversar com os técnico”, afirmou Walter Delgatti no depoimento desta quinta.

Ele também afirmou que o plano teria sido feito pelo marqueteiro da campanha de Bolsonaro, Duda Lima, em uma reunião com a presença da deputada federal  Carla Zambelli (PL-SP) e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto – que, segundo Delgatti, propôs a criação de um código fonte “fake” para as urnas com o intuito de mostrar que o voto em um candidato poderia ser computado para outro.

Walter Delgatti Neto disse também que o próprio Bolsonaro pediu que ele grampeasse o telefone do ministro Alexandre de Moraes e reafirmou que recebeu cerca de R$ 40 mil de Carla Zambelli para invadir o sistema do Poder Judiciário e inserir um falso mandado de prisão contra o magistrado.

Informações da JP News

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