Haddad fala demais e irrita líderes da Câmara

Fernando Haddad
Foto: Valter Campanato

 

Lideranças da Câmara dos Deputados decidiram cancelar a reunião prevista para a noite da segunda-feira para discutir o novo arcabouço fiscal.

A reunião ocorreria na casa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e foi cancela depois de o ministro da Economia, Fernando Haddad, dizer que a Câmara dos Deputados tem um poder muito grande e que é preciso construir moderação em relação a outros Poderes. O relator do arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), também participaria da reunião.
Após a repercussão do comentário, Haddad afirmou que não se referia a pessoas ou a uma legislatura específica da Câmara, mas sobre a instituição, e que sua pasta tem uma relação de parceria tanto com a Câmara quanto com Lira – com quem já conversou para tentar desfazer a confusão.
“O fato é que estamos conseguindo encontrar caminho. Não está fácil, não pense que está fácil. A Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo. Mas, de fato, ela está com um poder que eu nunca vi na minha vida”, disse Haddad, em podcast do jornalista Reinaldo Azevedo divulgado na segunda-feira e gravado na sexta-feira.
Boa vontade
O motivo do cancelamento da reunião foi confirmado por líderes partidários e aliados de Lira. Líderes estranharam declaração de Haddad sobre poder da Câmara e ressaltaram que sempre tiveram boa vontade com a Fazenda.
“A Câmara tem um papel institucional e democrático de independência. Estamos ajudando o executivo como nunca antes. Isso desde o ano passado com a “PEC da Transição”, permitindo o novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos. Aprovamos o novo regime fiscal, a reforma tributária MP da reforma administrativa. Sinceramente, não entendi essa declaração infeliz com a Casa e seus representantes — afirmou o líder do PSB, Felipe Carreras (PE).
“A Câmara tem um papel institucional e democrático de independência. Estamos ajudando o executivo como nunca antes. Isso desde o ano passado com a “PEC da Transição”, permitindo o novo governo aumentar em R$ 145 bilhões o teto de gastos. Aprovamos o novo regime fiscal, a reforma tributária MP da reforma administrativa. Sinceramente, não entendi essa declaração infeliz com a Casa e seus representantes” afirmou o líder do PSB, Felipe Carreras (PE).
Apontado como “queridinho” dos parlamentares nas negociações com o Congresso Nacional, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, provocou um desgaste nesta segunda-feira, 14, com lideranças da Câmara dos Deputados após declarar que a Casa está com um “poder muito grande” e que não pode usá-lo para “humilhar o Senado e o Executivo”.

Informações da TN

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