Sindicato de Jornalistas emite nota de repúdio após denúncia de assédio sexual contra ex-diretor da ALRN

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte (Sindjorn RN) emitiu uma nota, na tarde desta segunda-feira (17), na qual repudia os assédios sexuais sofridos por uma servidora que, de acordo com a denúncia da mesma, foram cometidos pelo ex-Diretor da Escola da Assembléia Legislativa do Estado, João Maria de Lima. Lima foi exonerado do cargo nesta segunda-feira.

Ainda de acordo com a nota, o Sindjorn se solidarizou com a vítima, se pondo a disposição da profissional, mas também pediu “rigor e agilidade ao Ministério Público do Estado e a Polícia Civil na apuração das denúncias de assédio sexual”. O sindicato também afirmou que “nunca coube, nem caberá, qualquer tipo de atitude como essa em nossa sociedade, que deve ser repudiada por todos nós e punida exemplarmente com os rigores da Lei”.
Ainda sobre o caso, o sindicato avaliou que “na contramão da política social realizada pela própria Instituição Legislativa em combater esse tipo de violência, o ex-diretor da Escola da Assembleia coloca por terra todos os esforços em diminuir os crescentes índices de ataques, feminicídios e barbárie que atingem as mulheres.
O caso

De acordo com o relato da servidora, o diretor da Escola costumava “cheirar” seu pescoço, falar palavras inapropriadas e insistir em um relacionamento amoroso, detalhando também através de aplicativo de mensagens que estaria excitado. Ela relatou, inclusive, que o diretor já havia a empurrado contra a parede diversas vezes, pressionando a vítima e tentando beijá-la.

Em um caso específico que está no boletim de ocorrência, a servidora diz que, durante uma confraternização em setembro do ano passado, o diretor pediu que outra servidora fizesse uma foto por baixo do vestido da vítima. O próprio João Maria Lima, ainda de acordo com a denúncia, teria repassado o vídeo à vítima fazendo elogios às roupas íntimas da servidora.

Ainda na denúncia, a servidora relatou que, em 27 de fevereiro deste ano, sob o pretexto de almoçar para tratar sobre outras questões, o agora ex-diretor da Escola teria levado a vítima para um motel, contra sua vontade. Lá, teria tirado a camisa e tentando agarrar a servidora.

No boletim de ocorrência, a servidora afirmou que os assédios perduraram até março deste ano, quando, então, o diretor passou a difamar a subordinada, supostamente afirmando que ela não estaria mais trabalhando porque ambos mantinham um caso amoroso.

A servidora decidiu procurar o Ministério Público e também a Polícia Civil, juntando prints de diversas conversas de WhatsApp e também citando testemunhas no caso.

Ao tomar conhecimento da denúncia, a Assembleia Legislativa do RN, através da presidência, decidiu exonerar o diretor.

 

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