Dino disse ter sido vítima das urnas eletrônicas, ao citar fraudes em 2010

 

Lidando com a divulgação em massa de uma série de prints de críticas antigas do ministro da Justiça Flávio Dino ao sistema eleitoral brasileiro, o auxiliar do presidente Lula (PT) já denunciou publicamente, sem nunca ter comprovado, que teria sido vítima das urnas eletrônicas. É o que ele afirma em vídeo antigo gravado um ano depois de ser relator da Reforma Eleitoral, quando era deputado federal e foi derrotado na eleição para governar o Maranhão, em 2010.

Em um debate sobre o sistema de votação, Dino citou uma suposta “premonição” de ter sido vítima das urnas eletrônicas, ao perder para Roseana Sarney (MDB), um ano após ter acolhido uma proposição do Partido Democrático Trabalhista (PDT) que cobrava que a Reforma Eleitoral garantisse o aprimoramento do sistema de urnas eletrônicas no Brasil. No mesmo debate, ele narra em detalhes como seria possível fraudar votos na urna eletrônica, através de mesários.

“E hoje tive a oportunidade, não gostaria de ter tido… Mas tive oportunidade de ser vítima de um processo que precisa ser aprimorado, precisa ser melhor auditado, precisa ser melhor acompanhado, que é o sistema das urnas eletrônicas. Como é que se dá a votação eletrônica? Como é que se evita um eleitor votando por outro? Que foi esse debate no Supremo, da carteira de identidade. Que foi mal colocado, que foi mal posto. O Congresso Nacional estava certo, ao exigir pelo menos o documento de identidade com foto. Porque evita, diminui as fraudes”, declarou Dino, na entrevista concedida após ser derrotado com diferença de mais de 600 mil votos e 21,32 pontos percentuais a menos que a governadora eleita em 2010.

O mesmo ministro hoje trata como “ataque à democracia” as críticas de Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral do Brasil e tem exaltado o feito do PDT de ter obtido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a condenação do ex-presidente à inelegibilidade por ter falado em fraude às urnas eletrônicas. Mas no vídeo antigo relatava, sem nunca ter conseguido provar, que perdeu para Roseana Sarney por culpa do sistema eletrônico de votação.

Mais do que isso, narra como estaria ocorrendo fraudes no processo eleitoral através das urnas eletrônicas, naquele ano de 2010.

“Porque o caminho seguinte era Justiça Eleitoral tirar daquele livro de eleitores o número do título. Porque é o número do título ali que permite que o mesário vote pelo eleitor que não foi, ou pelo eleitor que morreu. O que acontece hoje: Dá 5 horas da tarde, o mesário verifica lá, em consórcio com os fiscais, verifica os eleitores que não compareceram, porque não foram, porque não morreram, porque viajaram, com o número do título ele libera a urna eletrônica e vota quantas vezes quiser. Então essa é um tema da maior gravidade e nós estamos certo da elaboração da lei”, conclui Flávio Dino, no debate enquanto ainda era deputado federal.

Veja o vídeo publicado no Twitter do deputado Carlos Jordy:

 

 

Deu no Diário do Poder

Deixe um comentário