Morte de cinegrafista em 2014: Justiça marca júri popular

morte cinegrafista

 

A Justiça marcou para dezembro o júri popular do processo contra os dois acusados pela morte do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, no Rio de Janeiro, em 2014. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, nesta quinta-feira, 8.

Santiago morreu ao ser atingido por um rojão na cabeça quando fazia a cobertura pela emissora de uma manifestação na Central do Brasil, em fevereiro de 2014. No Rio de Janeiro, os protestos se estenderam de junho de 2013 a julho de 2014, mês da final da Copa do Mundo.

Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza foram denunciados sob acusação de homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e emprego de explosivo — e pelo crime autônomo de explosão.

O processo estava parado havia quase três anos, aguardando a íntegra das imagens gravadas por Santiago, além da demora do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) para enviar parecer sobre o material da investigação.

O envio do caso para o júri chegou a ser revertido pela defesa dos acusados na segunda instância. Os advogados alegavam que não se tratava de um crime doloso, motivo pelo qual o processo deveria ser analisado por um magistrado, e não por jurados.

Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) acabaram confirmando o júri, e a sessão chegou a ser marcada para 25 de julho de 2019, mas o julgamento foi suspenso a pedido da defesa de um dos acusados.

Os defensores afirmaram que a TV Bandeirantes não havia enviado à Justiça a íntegra das imagens gravadas pela vítima durante sua cobertura. A emissora encaminhou um CD, mas os advogados disseram que havia apenas 15 segundos no vídeo.

Em julho de 2019, a TV informou à Justiça que esse era o único arquivo disponível gravado por Santiago naquele dia.

O juiz Alexandre Abrahão Teixeira entendeu que o material pretendido pela defesa não existe. Depois dessa decisão, de maio de 2020, o processo não avançou para o julgamento.

Em 1º de junho, a juíza Tula de Mello marcou o júri para o dia 12 de dezembro deste ano. Ela ainda aguarda a entrega dos laudos do ICCE.

Deu na Oeste

Deixe um comentário