Uma delegação da Argentina está na China. O ministro de Economia, Sergio Massa, o presidente do Banco Central, Miguel Pesce, a vice-chanceler Cecilia Todesca e o deputado Maximo Kirchner, filho de Cristina Kirchner, estão tentando obter socorro financeiro para o país.
O grupo tem encontro marcado com Dilma Rousseff, presidente do Banco dos Brics, em Xangai. Depois a delegação seguirá para Pequim, onde tem conversas agendas com o governo chinês.
A Argentina tem pressa para se tornar sócia do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do Brics, em meio à sua atual crise financeira. Para o país se beneficiar de empréstimos na instituição, tem que aderir. Na terça-feira, 30, tem início a assembleia anual do banco. Os integrantes começam a avaliar a possível adesão do país sul-americano.
Para ser sócio do Banco do Brics, um país precisa fazer aporte de capital. Mas esse não é um obstáculo, aparentemente, porque o estatuto da instituição estabelece que “o valor de uma ação (US$ 100 mil) também será o valor mínimo a ser subscrito para a participação de um único país”.
A Argentina tornar-se sócio não mudaria muita coisa na situação econômica do país. Os projetos médios financiados pelo Banco do Brics ficam em torno de US$ 200 milhões, dinheiro que mesmo se fosse destinado para socorro de caixa não faria diferença, diante do tamanho do passivo argentino.
A ajuda à Argentina é uma das bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta a todo custo salvar a esquerda no país. Na semana passada, o presidente brasileiro acusou as instituições financeiras internacionais de não atenderem as necessidades dos países em desenvolvimento. “Queremos que o Banco do Brics se consolide como alternativa de financiamento”, disse ele.
Informações da Oeste