Nova era das transmissões esportivas: streamings se multiplicam e ofuscam emissoras tradicionais

transmissão de futebol no celular

 

As transmissões no mundo esportivo estão cada vez mais diversificadas. Na última semana, o mais lendário narrador de futebol do Brasil, Galvão Bueno, anunciou a criação de seu canal no Youtube após encerrar sua passagem pela TV Globo.

O “Canal GB” vai estrear transmitindo o amistoso da seleção brasileira contra o Marrocos neste sábado, 25, com direito a comentários de Walter Casagrande e Arnaldo Ribeiro, além de reportagem de Tino Marcos, como nos velhos tempos da emissora da família Marinho.

No final de semana, a CazéTV, do influenciador Casimiro Miguel, bateu o recorde de partida com mais visualizações simultâneas pelo YouTube do futebol brasileiro durante o clássico Flamengo e Vasco (5 milhões de acessos). O canal ainda detém o recorde de visualizações simultâneas em cobertura de jogos de esporte quando alcançou 6,9 milhões de acessos durante Brasil x Croácia na Copa do Mundo de 2022.

Streamings se multiplicam para atrair torcedores específicos como a Paramount+ com as transmissões da Libertadores, o OneFootball com a Bundesliga, a HBO Max com a Liga dos Campeões, Prime Video, Star+, entre outros.

Do outro lado, emissoras tradicionais perdem talentos para os serviços de streaming e precisam se reinventar. A TV Globo anunciou nesta semana o encerramento da Central do Apito após 34 anos e demitiu o narrador Cléber Machado que estava na casa há 35 anos. Nos últimos anos, a emissora, que era a principal transmissora de futebol no país, perdeu os direitos da Copa Libertadores (que volta esse ano) e do Campeonato Paulista.

A TV Bandeirantes perdeu os direitos do Campeonato Brasileiro feminino, tradicional na grade da emissora, e tem investido mais na exclusividade da Fórmula 1. O SBT criou um setor de esportes forte e adquiriu partidas da Liga dos Campeões e da Libertadores. A Record voltou ao mercado esportivo com a transmissão do Paulistão no ano passado. Muitos repórteres e narradores entraram na “danças das cadeiras” ou decidiram investir em canais próprios nas redes sociais.

Deu na Jovem Pan

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