Combate ao feminicídio é tema de nova campanha da Assembleia Legislativa

 

Antes de acontecer, o feminicídio dá sinais. É com este alerta que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte lança a sua mais nova campanha, chamando atenção para o grave problema da violência. No Brasil, o feminicídio tem altos índices: uma mulher é morta a cada seis horas. Por causa disso e em busca de novas soluções, a ALRN debate na próxima quarta-feira (29), a audiência pública da Frente Parlamentar da Mulher “Pela vida das mulheres: o enfrentamento à violência de gênero e o monitoramento das legislações” proposta pela deputada Divaneide Basílio e faz o lançamento da campanha com o presidente Ezequiel Ferreira.

Os dados mais recentes – obtidos em 2022 – mostram que o Brasil bateu recorde em feminicídios com 1.400 mulheres mortas apenas por serem mulheres. Este número é o maior registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.

A pauta da campanha de comunicação foi defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira como prioridade em razão do direito à vida. “A campanha traz uma reflexão sobre o que temos de mais importante: o direito à vida. As mulheres estão sendo assassinadas por rejeitarem ex-companheiros,por atitudes de ciúmes e controle excessivos em que o sentimento de posse é devastador e culmina em morte. A interrupção da vida pelo feminicídio é tão cruel que deve ser combatida, todos os dias. O feminicídio tem que acabar”, destaca o presidente.

Além do alerta aos altos índices do feminicídio, as ações do legislativo serão focadas na prevenção, fazendo com que as mulheres fiquem em alerta aos sinais. “Antes de acontecer, o feminicídio dá sinais” – destacam as peças publicitárias feitas pela Base Propaganda em parceria com a equipe da Diretoria de Comunicação da Assembleia.

A campanha vai também destacar as ações dos deputados estaduais que vão desde a atuação dos parlamentares, através dos projetos de leis, requerimentos e audiências públicas voltados para o combate da violência contra a mulher até os encaminhamentos e lutas por bandeiras que protejam e valorizem a mulher potiguar. “Esperamos que a mensagem correta de apoio a essa mulher que sofre violência ajude a salvar vidas em nosso Estado”, ressalta Divaneide Basílio.

A Frente Parlamentar da Mulher é composta pelas deputadas estaduais que formam o maior bloco de toda a história na Casa. São elas: Divaneide Basílio, Cristiane Dantas, Eudiane Macedo, Isolda Dantas e Terezinha Maia.

A temática da violência contra a mulher no Rio Grande do Norte é debatida diariamente na Casa e já foi destaque na campanha de 2020, em plena pandemia, quando os índices de violência doméstica estavam em alta, atingindo o crescimento de mais de 300%.

Neste ano, 2023, a sociedade já convive com resultados da campanha. Um deles é a Lei da Delegacia Virtual para o enfrentamento à violência contra a mulher, de autoria da deputada estadual Isolda Dantas (PT). A iniciativa criou um canal virtual de atendimento e registros de denúncias para ampliar o combate à violência doméstica contra as mulheres potiguares. Com a criação de um canal de comunicação via WhatsApp, o dispositivo assegura o recebimento de denúncias, registros de ocorrências, envio de fotos e documentos relativos aos crimes e situações de violência doméstica.

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