Secretária de Segurança Pública de Natal diz estar em ‘luta desigual’ contra facções e faz apelo ao governo federal

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O Rio Grande do Norte continua vivendo dias de caos e terror, com ataques organizados por facções criminosas a pelo menos 24 cidades do Estado, incluindo a capital Natal, desde a noite da última segunda-feira, 13. Há registros de criminosos disparando tiros contra prédios de instituições públicas e ateando fogo em carros e ônibus parados nas ruas. O pátio da Secretaria Municipal da Mobilidade Urbana da capital potiguar foi incendiado na noite desta quinta-feira, 16. Apesar de ninguém ter ficado ferido, 14 motos ficaram totalmente destruídas.

Para dar um panorama da onde de violência no Estado, o Jornal da Manhã entrevistou a secretária municipal de Segurança Pública e Defesa Social de Natal, Sheila Freitas, que afirmou faltarem reforços para conter os ataques:

“Há necessidade inicialmente de estruturar as polícias. A gente têm reduzido o efetivo em todo o Estado do Rio Grande do Norte e em todo Brasil é um sucateamento dos órgãos de segurança. É preciso que o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, faça uma coordenação maior nesse sentido. A gente tem uma luta desigual contra as organizações criminosas, o que não é diferente de todo o Brasil”.

“Aqui nós temos essa organização que está agindo neste momento. Uma organização que é cria de uma organização maior de São Paulo e que tem um grande número de seguidores (…) A Polícia Civil do Rio Grande do Norte tem feito um excelente trabalho de investigação e já houve transferência de lideranças para presídios federais. E isso, a meu ver, também tem acirrado esses últimos ataques.”

“Mas é importante que o Estado esteja firme, não mostre fraqueza e assuma o papel de Estado de controlar essas facções e as ruas de Natal (…) O envio da Força Nacional foi um número ainda muito reduzido. Até porque o Ministério da Justiça tem conhecimento do número reduzido de agentes de segurança que temos no nosso Estado. É preciso um ataque maior por parte do governo. Quando eu falo governo, eu falo todos os entes federados. Todo o sistema nacional de segurança pública precisa intervir e agir em Natal”, declarou.

Deu na Jovem Pan

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