Série da Netflix sobre tragédia na boate Kiss ganha trailer

 

A tragédia na boate Kiss, que matou 242 pessoas em 2013 na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, vai ganhar uma minissérie na Netflix. Todo Dia a Mesma Noite, baseada no livro homônimo sobre o incêndio na Boate Kiss, escrito pela jornalista Daniela Arbex, ganhou trailer oficial.

A produção de cinco episódios, que tem direção geral de Julia Rezende, direção de Carol Minêm e roteiro de Gustavo Lipsztein, estreia no dia 25, pouco antes da tragédia que é considerada uma das maiores do país, completar 10 anos (o acidente que deixou mais de 600 pessoas feridas, além de tantos mortos, aconteceu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013).

“Todo Dia a Mesma Noite nos permite olhar para um acontecimento trágico da história recente do país e refletir sobre a justiça”, diz Rezende. “A morte de 242 jovens que saíram para se divertir numa festa e nunca voltaram para casa é um evento traumático, retratar essa história é uma forma de jogar luz sobre esse acontecimento para que não se repita jamais”, continua. “Ela apresenta, para a atual geração e as futuras, os bastidores de um dos acontecimentos mais dramáticos do Brasil”, complementa Arbex, que assina a consultoria criativa da produção.

A história será contada como uma ficção a partir dos escritos de Arbex. Para o livro, a jornalista entrevistou mais de 100 pessoas envolvidas diretamente e indiretamente no caso. Um trabalho minucioso foi feito pelo roteirista Gustavo Lipsztein para, a partir do livro, selecionar personagens que ajudassem a contar a trama. “A série tem como personagens centrais famílias com origens diversas que se uniram no enfrentamento da dor e da busca por justiça”, diz Rezende. “Nosso recorte foi o das famílias que tiveram uma relação combativa e conflituosa com o Ministério Público, pais que inclusive chegaram a ser processados pelo MP”, completa.

A minissérie pretende ser bastante fiel ao livro de Arbex. “Como autora, o mais importante para mim é que a série fosse tão respeitosa quanto o livro. E ela é. Apesar de existirem algumas licenças poéticas – necessárias para o formato da narrativa -, ela segue o caminho do livro e nos coloca dentro da boate naquele 27 de janeiro de 2013?, conta a jornalista.

Apesar de completar 10 anos, o acidente ainda está muito presente na memória dos brasileiros. No entanto, o foco da história será mostrar a luta por justiça dos familiares e sobreviventes. “Ao recriar o incêndio, o espectador terá a chance única de exercitar sua empatia e de enxergar o difícil caminho da busca por justiça em nosso país”, diz Arbex.

Deu no Estadão

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