O mercado financeiro reduziu de 6,82% para 6,7% a estimativa de inflação para este ano no Brasil. Essa é a nona queda consecutiva da projeção, segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo Banco Central.
A meta de inflação para 2022, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o Banco Central já admitiu que vai estourar o teto da meta, assim como aconteceu em 2021.
Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o Boletim Focus, a previsão dos economistas para 2023 caiu de 5,33% para 5,30%.
O mercado financeiro também passou a prever uma alta maior do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022. A estimativa do mercado financeiro é de que a economia brasileira cresça 2,10% em 2022, contra o índice de 2,02% previsto anteriormente.
Já para 2023, a previsão de alta recuou de 0,39% para 0,37%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País.
Selic e dólar
O mercado financeiro manteve a expectativa para a Selic (taxa básica de juros da economia) em 13,75% ao ano no fim de 2022. Atualmente, a taxa já está nesse patamar.
Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a Selic permaneceu em 11% ao ano.
A projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano ficou estável em R$ 5,20 por dólar. Para 2023, continuou inalterada no mesmo valor.
Emprego
O Brasil abriu 218.902 vagas de empregos com carteira assinada em julho, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência nesta segunda-feira (29).
Ao todo, foram 1.886.537 contratações e 1.667.635 desligamentos no mês passado. Houve queda na comparação com junho, quando foram abertas 277.944 vagas de emprego formal. Em relação a julho de 2021, o número de postos de trabalho abertos também foi menor. Naquele mês, foram abertas 306.477 novas vagas.