Filha é presa por golpe de R$ 725 milhões contra a própria mãe

 

Uma mulher foi presa na manhã desta quarta-feira (10/8) na zona sul do Rio por aplicar um golpe milionário contra a própria mãe, de 82 anos. Investigações da Polícia Civil apontam que uma quadrilha, que se passava por vidente, roubou cerca de R$ 725 milhões em obras de arte, joias e dinheiro da idosa.

Além da filha da idosa foram presos Gabriel Nicolau Traslaviña Hafliger, Jacqueline Stanescos e Rosa Stanesco Nicolau, mãe de Gabriel.

Dentre os quadros, existiam trabalhos de renomados artistas como Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. O nome que batiza a ação vem do quadro “Sol Poente”, de Tarsila, avaliado em R$ 250 milhões. Essa obra de Tarsila, inclusive, foi salva de um incêndio na casa de um marchand romeno em Copacabana, em 2012. Na ocasião obras milionárias foram destruídas.

Ao todo, seis mandados de prisão e 16 de busca e apreensão foram expedidos. O caso é investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade.

O golpe

De acordo com a Polícia Civil, foi a própria filha da idosa quem articulou o plano. Em janeiro de 2020, ela contratou uma mulher para abordar sua mãe na rua e dizer que alguém de sua família morreria em breve.

A partir desse ponto, a idosa foi apresentada para outras duas mulheres, identificadas como sendo uma cartomante e uma mãe de santo. O grupo pediu, então, que ela pagasse por “um trabalho” para salvar a vida de sua filha.

Apenas nas primeiras duas semanas, a idosa movimentou R$ 5 milhões para a quadrilha. Para prosseguir com o plano, a filha dispensou funcionários que trabalhavam para a senhora e começou a isolar a mãe dentro da residência.

Ao perceber o golpe e parar de fazer os repasses, a idosa passou a ser agredida e ameaçada pela filha. Segundo a Polícia Civil, apenas comparsas visitavam o apartamento da idosa.

Ao todo, 16 obras de arte foram roubadas. Três delas, avaliadas em mais de R$ 300 milhões, foram recuperadas em uma galeria de arte de São Paulo. O dono do estabelecimento confirmou à polícia que vendeu outros dois quadros para o Museu de Arte Latino-Americano e disse não ter desconfiado do golpe por conhecer a família.

Deu no Metrópoles

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