No RN, 3,1 mil taxistas podem ser beneficiados com auxílio federal

Pelo menos 3.100 taxistas e auxiliares do Rio Grande do Norte poderão ser contemplados com o auxílio para a categoria a ser pago pelo Governo Federal a partir do início do mês de agosto.

Só em Natal, são 1.010 permissões para taxis, que com auxiliares, pode chegar a 2.000 profissionais, segundo estimativas de interlocutores do setor.

No interior, em taxistas que fazem a lotação de municípios para a capital, são pelo menos outros 1.100 profissionais que poderão ser contemplados, segundo estimativas do Sindicato dos Trabalhadores Autônomos de Transporte Especial Intermunicipal de Passageiros do RN (Sintratep).

A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) já iniciou o processo de cadastro dos taxistas da capital potiguar.

“Os taxistas que fazem jus a esse auxílio são aqueles que foram cadastrados até o dia 31 de maio no município. Foram abertas algumas janelas para que o município envie esse cadastro. A primeira se encerra dia 31 de julho e estamos trabalhando para enviar esse cadastro ainda nesta primeira janela”, explica a secretária Daliana Bandeira em vídeo enviado pela assessoria de imprensa da STTU.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários do RN, Aldemir Calixto, o auxílio virá em “boa hora” para os taxistas, categoria que, segundo ele, sofreu com a pandemia de coronavírus e ainda não conseguiu recuperar o volume de viagens.

“Eu acredito que veio numa boa hora porque vai ajudar bastante os taxistas. Ainda não conseguimos recuperar o volume de viagens do pré-pandemia, infelizmente. As dificuldades são as invasões dos clandestinos”, explica, acrescentando ainda que os motoristas de aplicativos geram uma concorrência “desleal” para os taxistas.

O taxista Francisco Linhares, 65, teme não receber o auxílio. Ele cita que trabalha com carro alugado, isto é, não é dono da concessão do seu taxi. No entanto, possui cadastro junto à STTU e está prestes a fazer o seu quarto curso de taxista.

“Não estou na expectativa, porque acho que isso vai ser mais para quem é proprietário. Se viesse, seria ótimo”, cita. Por dia, ele paga R$ 100 para trabalhar e cita que “está fraco” de corrida, com dias que basicamente consegue “empatar” os custos de gasolina e aluguel.

Aílton Fernandes dirige táxi há 18 anos. Ele diz que direcionar o auxílio apenas para o dono do veículo, é uma injustiça. “Hoje em dia o proprietário não trabalha mais, quem trabalha é o motorista. Então, me sinto injustiçado. O auxílio deveria ser dividido, porque nós temos carteira e toda a documentação exigida pela STTU”, desabafa.

Deu na Tribuna do Norte

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