Arthur Lira diz que Petrobras não tem função social: ‘ou privatiza ou toma medidas mais duras’

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a tecer duras críticas ao atual cenário do país envolvendo a Petrobras.

Nesta sexta-feira (27), em entrevista à Rádio Bandeirantes, Lira defendeu a privatização da estatal. Ele argumenta que a companhia registra lucros abusivos e, principalmente, não cumpre função social.

— Nós temos informações de que todas as petrolíferas mundiais, privadas ou públicas, têm tido a sensibilidade de abrir mão de parte dos seus lucros abusivos para ou bancar subsídios diretos, ou congelar seus preços, ou fazer algum ato direto para a população. A Petrobras no Brasil é um ser vivo independente, que não tem função social, que não tem função estruturante. Então nessa esteira, ou a gente privatiza essa empresa, ou toma medidas mais duras. Ela não está cuidando do nome da empresa, porque todo desgaste da Petrobras não vai para a Petrobras. Todo o desgaste vai para o governo federal.

Em tom incisivo, o alagoano diz que é necessário tomar medidas mais duras em torno deste assunto. A polarização eleitoral, em sua avaliação, deve atrapalhar ainda mais o andamento da privatização da empresa.

— Você imagina num Brasil polarizado e cheio de versões como a gente vive, você votar uma PEC hoje de privatização da Petrobras. Então uma privatização completa, eu acho que o tempo talvez seja inadequado, muito pouco — prosseguiu.

Uma alternativa viável para ‘aliviar’ a pressão sobre o governo, na visão do parlamentar, seria permitir a venda de ações da petroleira que estão sob controle do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Lira destacou ainda que a urgência da pauta deve ser imposta quantas vezes for preciso, visando atender com prontidão os  interesses da população.

— O governo pode, por um projeto de lei ou numa discussão mais rápida, vender as ações que tem no BNDES, em torno de 14%. Ele deixaria de ser majoritário. Ele tiraria das suas costas essa responsabilidade da falta de sensibilidade da Petrobras — acrescentou o presidente da Câmara.

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