“Não tem lugar proibido de fazer campanha”, diz Lula

 

Alvo de intensas críticas, Luiz Inácio Lula da Silva tem enfrentado dificuldade para se desenquadrar do radicalismo do PT. O partido até que tentou adotar um tom de pacificação, mas o extremismo esquerdista vem à tona com frequência quando o líder profere um novo discurso.

A campanha lulopetista tem se debruçado sobre diversas ações para tentar frear o clima de ‘vingança’ que ronda os discursos do político. Sem êxito, os episódios relacionados à tonalidade ácida nas falas do petista têm criado barreiras até mesmo entre o eleitorado indeciso, que tem decidido migrar para Jair Bolsonaro (PL), desprezando o plano eleitoral de Lula.

Agora, ciente de que faltam menos de 5 meses para as eleições de outubro, o ex-presidente decidiu que vai montar uma agenda política pelo país. De acordo com Marcos Rocha, do Conexão Política, Luiz Inácio e Geraldo Alckmin (PSB) “pretendem realizar juntos uma série de viagens em maio e junho em regiões do país consideradas estratégicas para a disputa” ao Palácio do Planalto.

Ainda conforme Rocha, “a ideia é que ambos façam algumas viagens separados, com Alckmin atuando para fortalecer a chapa em locais específicos, como o interior de São Paulo, a fim de tentar diminuir resistências a Lula em setores com quem dialoga melhor, como grupos religiosos”.

Ao comentar sobre a possibilidade de ser vaiado em público, Luiz Inácio buscou minimizar o assunto. Em entrevista à rádio CBN de Campinas, ele disse que vai dialogar com “todos os setores da sociedade”.

Na ocasião, o entrevistador lembrou do episódio na semana passada em que Ciro Gomes (PDT) recebeu vaias de opositores na Agrishow, no interior de São Paulo. “Como conseguir conversar com esse público?”, questionou o jornalista.

O petista, contudo, disse que está “calejado” para esse tipo de situação, além de frisar que “não tem lugar proibido de fazer campanha”.

— Eu vou conversar não apenas com quem já vota em mim. Eu quero conversar com todos os setores da sociedade. Nesse aspecto, o Alckmin também ajuda a conversar com setores que antes estavam afastados do PT. Não tem problema — sustentou Lula.

— Eu já fiz campanha em tantos lugares adversos, em tantos lugares desse país, que não tem lugar proibido pra fazer campanha. A única coisa que tenho que respeitar é que tem outros candidatos na disputa e em alguns lugares podem ter eleitores desses outros candidatos que poderão não gostar da nossa visita. Mas isso faz parte da política. Eu estou realmente calejado para tratar dessas adversidades — acrescentou.

Informações do Conexão Política

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