Saúde

Seis estados e o Distrito Federal tem mais de 80% dos leitos de UTI ocupados

Média móvel de casos de Covid-19 no Brasil tem batido recordes diariamente em meio à disseminação da variante Ômicron

 

Um levantamento feito nesta quarta-feira (26), junto às Secretarias Estaduais de Saúde mostrou que ao menos seis estados brasileiros e o Distrito Federal estão com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados.

São eles Espírito Santo (80,99%), Pernambuco (81%), Goiás (84,57%), Mato Grosso (84,72%), Rondônia (85,50%), Mato Grosso do Sul (87%). O Distrito Federal está com 100% dos leitos de Terapia Intensiva ocupados.

Além disso, o estado do Piauí registra, até a última atualização, exatamente 80%. Também chamam a atenção pelos altos índices de ocupação os estados do Amazonas (73,47%), Tocantins (76%) e Rio Grande do Sul (78,6%).

Walter Cintra, médico sanitarista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), explica que esses dados são explicados por dois fatores importantes: as pessoas que não completaram o esquema vacinal contra a Covid-19 e a menor disponibilidade de leitos, porque muitos foram desativados quando os casos começaram a cair.

“Evidentemente que essas pessoas estão vulneráveis, expostas a se contaminarem, e pior, contaminarem os demais”, pontuou.

O especialista considera crítica a situação do Distrito Federal, onde 100% dos leitos de UTI da rede pública já estão ocupados.

“Isso significa que tem gente na fila esperando para entrar, e muito provavelmente existem unidades funcionando com leitos extras”, comentou.

Ele complementa que “aumentar oferta de leitos não vai controlar a pandemia”. Para Walter Cintra, se os casos continuarem a crescer, um colapso generalizado do sistema de saúde pode ocorrer.

Por isso, o médico sanitarista destaca que as únicas saídas possíveis são a vacinação contra a Covid-19, o isolamento social quando possível e uso de máscaras, por exemplo.

Os altos percentuais de leitos de UTI ocupados foram registrados um dia após o Brasil registrar 487 mortes por Covid-19. O dado divulgado pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), nesta terça (25), foi o primeiro a ultrapassar a casa dos 400 em mais de dois meses.

A última vez em que o país atingiu este patamar foi no dia 13 de novembro, quando foram registrados 731 óbitos por Covid-19.

De acordo com os números, a média móvel de infecções diárias pela doença dos últimos sete dias está em 157.060. Este é o oitavo recorde consecutivo e representa o maior número desde o início da pandemia. O aumento na média vem ocorrendo desde 2 de janeiro.

“Não vale a pena subestimar a variante Ômicron”

 

O aumento de infecções pelo coronavírus e dos índices de ocupação de leitos é impulsionado pela consolidação da variante Ômicron no país.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou recentemente que “a pandemia não está nada perto de acabar”, em razão dos impactos atuais que a cepa tem causado ao redor do mundo.

Em entrevista à CNN, o vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Jarbas Barbosa, compartilhou da mesma visão e disse que não vale a pena subestimar a Ômicron, pois ela tem gerado hospitalizações e mortes, ainda que em uma escala menor do que as outras variantes.

“A Ômicron é menos letal que as outras variantes, mas vamos lembrar que ainda tem gente sem completar o esquema de vacinação, e essas pessoas estão sob risco maior”, completou o médico.

Segundo Barbosa, além da falta de vacinação em parte das populações, a nova cepa é mais transmissível, o que, mesmo que não seja tão significativa no número de casos graves e mortes proporcionalmente em relação às outras, vai causar impactos pela grande quantidade de contágio.

“É importante perceber que temos um incremento no número de casos, então todos os países foram conselhados a revisar bem seus planos de contingência, ampliar a capacidade de UTI e monitorar a ocupação de leitos hospitalares para evitar que haja uma sobrecarga”, declarou.

“[A Ômicron] está causando mortes, produzindo casos sérios, ainda que em menor proporção do que as outras variantes. É preciso levar ela muito a sério para não transformá-la em problemas para os sistemas de saúde”, acrescentou.

 

Informações da CNN

 

Polícia

Servidora da saúde confirma irregularidades em contratos de leitos de UTI investigados pela Polícia Federal; Veja o vídeo

 

O depoimento da servidora da saúde, Anna Clara da Cunha Torquato Rêgo, colocou ainda mais lenha na fogueira da apuração dos contratos firmados entre o Governo do Estado e a organização social Avante para a ampliação de leitos de UTI na rede pública de saúde. Isso porque a servidora, na condição de testemunha, reafirmou as irregularidades algumas encontradas nos contratos, que foram posteriormente alvo de investigação da Controladoria-Geral da União e do Ministério Público Federal, além do tema também ter sido alvo de operação da Polícia Federal.

Anna Clara era membro da Comissão de Fiscalização e explicou os trâmites burocráticos para os pagamentos do estado, confirmando que o Estado não pagou o que a empresa cobrava, por irregularidades na prestação de contas. Os problemas diziam respeito, principalmente, a questões ligadas aos recursos humanos. A servidora, inclusive, confirmou que constatou irregularidades nos contratos, ao ser questionada pelo deputado estadual Gustavo Carvalho.

Entenda: Glosas são faturamentos não recebidos ou recusados nas organizações de saúde, por problemas de comunicação entre clínicas e convênios.

A Polícia Federal deflagrou em agosto deste ano a Operação Lectus, com o objetivo de apurar irregularidades na implantação de 10 leitos de UTI nos hospitais Central Coronel Pedro Germano da PM e Dr. João Machado.

Paralelamente a isso, de acordo com reportagem da Tribuna do Norte em agosto, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) também é alvo de investigações por supostas irregularidades em um outro contrato de R$ 10,5 milhões assinado com o Instituto Jurídico para Efetivação da Cidadania e Saúde (Avante Social), sediado em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O caso está sob averiguação do Ministério Público Federal (MPF), segundo a Superintendência da Controladoria-Geral da União no RN (CGU/RN), e diz respeito a auditoria realizada sobre a execução da contratação da Avante pelo Governo do Rio Grande do Norte, visando a implementação e gestão de 30 leitos de UTI instalados no Hospital Colônia Doutor João Machado (20 leitos) e Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho (10 leitos), em Macaíba.

 

Com informações da 96 FM

Política

Bolsonaro anuncia repasse de R$ 1,1 Bilhão para leitos de UTI Covid-19

Foto: Reprodução/ Twitter

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou, na manhã desta sexta-feira (17), que está autorizado o repasse de R$ 1,1 bilhão para custeio de 24.614 leitos de UTI Covid-19 em todo o Brasil. A medida reforça e amplia o suporte ao Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentamento do coronavírus, segundo o presidente.

As autorizações vão ocorrer conforme solicitação dos estados. Entre os aspectos observados estão a curva epidemiológica na região, a estrutura para manutenção e funcionamento da unidade, equipamentos, RH e corpo clínico para atuação em UTI.

O investimento total, em 2021, tanto em leitos de UTI Covid-19 quanto nos de suporte ventilatório pulmonar, será de mais de R$ 6,1 bilhões. O presidente ressaltou que o governo também entregou, desde março do ano passado, 17.888 ventiladores pulmonares para todo o Brasil: 10.109 de UTI e 7.779 de transporte.

Informações do R7

Política

Deputado Ezequiel Ferreira solicita ao Governo que mantenha os leitos de UTI geral no Hospital de Caicó.

Foto : Divulgação ALRN

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), apresentou nesta quinta-feira (2) requerimento onde solicita ao Governo do Estado que mantenha os leitos de UTI para pacientes em geral Hospital Regional de Caicó. A Secretaria Estadual de Saúde havia divulgado a intenção de reverter os equipamentos para tratar exclusivamente casos de Covid-19.

“É importante a manutenção desses leitos porque há uma grande demanda na região do Seridó potiguar, que ficará desassistida caso essas UTIs deixem de atender aos pacientes em geral”, disse Ezequiel Ferreira. O requerimento foi encaminhado para a governadora Fátima Bezerra (PT) e para o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia.

O Hospital Regional de Caicó ou do Seridó é mantido pela Associação dos Municípios do Seridó, pela Secretária Municipal de Saúde de Caicó e pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, tendo seus funcionários e despesas divididos pelos três entes. Este hospital realiza atendimentos de urgência, clínica médica, psiquiatria, buco-maxilo-facial, cirurgia geral, hemodiálise e oftalmologia (cirurgias).