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As interferências de Lula (PT) na campanha presidencial argentina o transformaram em um dos maiores derrotados pelo libertário Javier Milei, domingo (19). O petista transferiu caminhões de recursos para bancar projetos do governo, representando “dinheiro na veia” da campanha eleitoral, além de haver promovido factoides, visitando Buenos Aires sem agenda que o justificasse, ou recebendo o presidente atual e Sergio Massa, seu candidato, mais vezes que a maioria dos próprios ministros.

Os marqueteiros fizeram a campanha mais suja de que se tem notícia na Argentina, adotando estratégia de ódio semelhante à do Brasil.

Informações do Cláudio Humberto

“Um gênio, Lula. Ele prometeu que nos ajudaria a vencer (Javier) Milei.”

Foi o que disse o atual ministro da Economia e candidato do governo à presidência da Argentina, Sergio Massa, segundo o repórter Jaime Rosemberg, do jornal La Nación.

A matéria sobre o relato do ministro a seus acompanhantes em voo de volta a Buenos Aires foi publicada em 29 de agosto, um dia após visita de Massa ao Brasil.

“Como isso ajudaria a se materializar? Participantes do encontro, no qual foram discutidos ‘80 por cento de política e 20 de economia’ (…) confirmaram que Lula ofereceu a Massa ‘nosso povo’ em matéria de comunicação ‘para evitar que a direita ganhe e voltemos quarenta anos’, em óbvia referência ao candidato libertário Javier Milei”, escreveu Rosemberg.

O “nosso povo” de Lula, “em matéria de comunicação”, são os estrategistas vinculados ao PT que desembarcaram no país vizinho após as primárias de 13 de agosto, para reforçar a equipe do candidato peronista. O Globo também atribuiu a atuação deles a um “pedido” de Lula e, segundo o Estadão, “em conversas reservadas, diplomatas do Itamaraty se queixaram do vazamento” na Argentina sobre as declarações do presidente. No texto de Rosemberg, ainda aparecem outras, relatadas por fontes oficiais, como “Milei é um louco, pior que Jair Bolsonaro” e “você tem que derrotá-lo, para que continue o Mercosul”.

A “autodeterminação” do povo argentino – como a do venezuelano, do cubano, do nicaraguense, do boliviano… – não importa muito para Lula. Ele só não quer que o povo brasileiro saiba disso.

Deu no Antagonista