Olimpíadas de Paris

Campeã olímpica, boxeadora argelina aciona Justiça para se defender de ataques de gênero

Foto: Reprodução/Instagram @imane_khelif_10

Alvo de uma das maiores polêmicas da Olimpíada de Paris, a boxeadora Imane Khelif acionou a Justiça, ainda em solo francês, para se defender dos ataques virtuais que recebeu nos últimos dias. A atleta, que veio a conquistar a medalha de ouro na categoria até 66kg, foi atacada após a divulgação de fake news que questionavam seu gênero.

Agora aos promotores franceses vão decidir se abrem uma investigação para apurar o caso. Nestes casos, a queixa da boxeadora não aponta um suposto culpado pelos ataques, mas deixa para os investigadores determinarem quem pode ser responsabilizado.

Khelif se tornou alvo de ataques online após sua primeira luta em Paris-2024. O confronto terminou antes do esperado porque a adversária, a italiana Angela Carini, desistiu ainda nos primeiros segundos após sofrer um golpe no rosto. Mais tarde ela veio a explicar que tinha uma lesão no nariz e que o primeiro soco aumentou as dores, inviabilizando a sequência da luta.

A rápida desistência abriu porta para falsas alegações de que Khelif era transgênero. A fake news teve como combustível um teste de gênero que a argelina e uma outra boxeadora fizeram no Mundial de Boxe de 2023. Na ocasião, elas foram reprovadas pela Associação Internacional de Boxe (IBA, na sigla em inglês). A entidade está envolvida em diversas polêmicas e já havia sido descredenciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que rejeitou a credibilidade dos testes.

Antes da queixa formal de Khelif na Justiça, Kirsty Burrows, autoridade responsável pela unidade de proteção e saúde mental do COI, já havia apresentado uma reclamação às autoridades francesas dizendo que recebeu ameaças de morte e assédio online após uma entrevista coletiva em Paris na qual ela falou em defesa de Khelif.

A promotoria de Paris afirmou que recebeu a queixa de Burrows no dia 4 e que agentes da Unidade Nacional de Luta contra o Ódio Online estão investigando as supostas ofensas, incluindo ameaças de morte, provocações públicas com o objetivo de atacar uma pessoa e cyberbullying. Pela lei francesa, os crimes, se comprovados, acarretam penas de prisão que variam de dois a cinco anos e multas que variam de 30 mil a 45 mil euros (de R$ 180 mil a R$ 270 mil).

Em meio aos ataques, Khelif não perdeu a concentração durante a Olimpíada e conquistou a medalha de ouro, se tornando heroína na Argélia. No domingo, na cerimônia de encerramento dos Jogos, ela foi porta-bandeira do seu país.

Estadão Conteúdo

Olimpíadas de Paris

Paris 2024: Quanto cada brasileiro ganhou por medalha na Olímpiada?

 

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 chegaram ao fim neste domingo, marcando uma campanha desafiadora para o esporte brasileiro, que conquistou 20 medalhas: três de ouro, sete de prata e dez de bronze. Apesar do desempenho abaixo das expectativas, os atletas brasileiros que subiram ao pódio foram recompensados financeiramente.

Antes do início das Olimpíadas, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou um aumento de 40% nas premiações para os medalhistas em relação às Olimpíadas de Tóquio 2020. O governo federal também editou uma Medida Provisória isentando do imposto de renda os valores recebidos pelos atletas olímpicos. Para modalidades individuais, as premiações foram fixadas em R$ 350 mil para o ouro, R$ 210 mil para a prata e R$ 140 mil para o bronze.

Entre os destaques brasileiros, Rebeca Andrade brilhou ao conquistar três medalhas: ouro no solo, prata no individual geral e prata no salto, somando um total de R$ 826 mil em premiações. Beatriz Souza, no judô, e a dupla de vôlei de praia Ana Patrícia e Duda, também garantiram ouros, recebendo R$ 392 mil e R$ 350 mil cada uma, respectivamente.

Além das recompensas do COB, muitos atletas poderão receber bônus adicionais de patrocinadores e federações

Lista de premiação dos atletas brasileiros em Paris 2024:

  1. Rebeca Andrade (ginástica artística): R$ 826 mil
    • Ouro (solo), Prata (individual geral), Prata (salto), Bronze (por equipes)
  2. Beatriz Souza (judô): R$ 392 mil
    • Ouro (individual +78kg), Bronze (por equipes)
  3. Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia): R$ 350 mil cada
    • Ouro (dupla)
  4. Willian Lima (judô): R$ 252 mil
    • Prata (individual), Bronze (por equipes)
  5. Isaquias Queiroz (canoagem de velocidade): R$ 210 mil
    • Prata (individual)
  6. Tatiana Weston-Webb (surfe): R$ 210 mil
    • Prata (individual)
  7. Caio Bonfim (marcha atlética): R$ 210 mil
    • Prata (individual)
  8. Larissa Pimenta (judô): R$ 182 mil
    • Bronze (individual), Bronze (por equipes)
  9. Alison dos Santos (atletismo): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  10. Rayssa Leal (skate): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  11. Bia Ferreira (boxe): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  12. Gabriel Medina (surfe): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  13. Augusto Akio (skate): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  14. Edival Pontes (taekwondo): R$ 140 mil
    • Bronze (individual)
  15. Flávia Saraiva (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil
    • Bronze (por equipes)
  16. Jade Barbosa (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil
    • Bronze (por equipes)
  17. Lorrane Oliveira (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil
    • Bronze (por equipes)
  18. Júlia Soares (ginástica artística por equipes): R$ 56 mil
    • Bronze (por equipes)
  19. Rafaela Silva (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  20. Ketleyn Quadros (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  21. Leonardo Gonçalves (judô por equipes):R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  22. Rafael Macedo (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  23. Guilherme Schmidt (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  24. Daniel Cargnin (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  25. Rafael Silva (judô por equipes): R$ 42 mil
    • Bronze (por equipes)
  26. Seleção feminina de vôlei: R$ 32 mil para cada jogadora
    • Bronze (coletivo)
  27. Seleção feminina de futebol: R$ 29 mil para cada jogadora
    • Prata (coletivo)

Deu no Novo

Olimpíadas de Paris

Alemã ironiza e ‘aprova’ águas do Rio Sena nas Olimpíadas: ‘vomitei nove vezes’

Foto: Tolga Akmen/ EFE

A polêmica sobre a qualidade imprópria das águas do Rio Sena nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 continua. O local foi palco das disputas do triatlo e da competição de águas abertas e muitos atletas passaram mal. E, desta vez, as críticas vieram em tom de ironia por parte da alemã Leonie Back, que revelou também ter passado muito mal. Em um post no Instagram, a nona colocada em águas abertas fez um sinal de positivo e ironizou: “Qualidade da água no Sena está aprovada”, escreveu, revelando que vomitou nove vezes e ainda sofreu com diarreia após a disputa.

A poluição do Rio Sena foi alvo de protestos de diversos atletas nos Jogos Olímpicos. Muitas sessões de treino do triatlo foram canceladas para “preservar” o local. Mesmo assim, as reclamações e denúncias de problemas clínicos deram o tom. As brasileiras Ana Marcela Cunha (admitiu que engoliu água do rio) e Viviane Jungblut foram diplomáticas, ao dizer que os franceses não colocariam a saúde dos atletas em risco. Mas não foram poucas as reclamações. “Nós, atletas, não termos escolha. Você é um peão. Se quisermos mudar as coisas, precisamos que todos os atletas digam não, não queremos nadar lá”, chegou a reclamar o húngaro David Betlehem, sem conseguir mobilizar os nadadores de águas abertas.

A equipe belga do triatlo desistiu de competir no Sena após Claire Michel passar mal, com problemas estomacais e intestinais por quatro dias após a prova individual. Antes da Olimpíada começar, a prefeita de Paris, Amélie Oudéa-Castéra, mergulhou no Rio Sena para garantir que estava em condições de disputa. Mas muitos competidores mostraram o contrário, ironizando as águas “sujas” e o cheiro forte de “esgoto”.  As chuvas serviram de desculpa dos organizadores, porém, não conseguiram evitar que alguns atletas fossem parar no hospital.

Deu na JP News

 

Olimpíadas de Paris

Seleção feminina de vôlei supera Turquia, ganha o bronze e se livra de frustração em Paris

Foto: NATALIA KOLESNIKOVA / AFP

Segundo país mais pódios olímpicos no vôlei feminino, o Brasil adicionou um bronze à sua coleção de medalhas. Conquistado com vitória por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 27/25, 22/25 e 25/15, sobre a Turquia neste sábado, o terceiro lugar não era o que queria inicialmente a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas tem bastante valor e impede que a equipe de José Roberto Guimarães deixe a capital francesa com o sentimento de profunda frustração, como ele mesmo havia dito antes da partida.

Enquanto a seleção masculina vive crise técnica, não subiu ao pódio nos últimos dois Jogos Olímpicos e fez em Paris sua pior campanha olímpica desde 1972, a equipe feminina volta para casa com medalha pela segunda vez seguida em Olimpíadas. São, agora, seis medalhas para as mulheres do vôlei: ouros em Londres-2012 e Rio-2016, prata em Tóquio e bronzes em Atlanta-1996, Sydney-2000 e agora em Paris.

Com mescla de frescor e experiência no elenco, a seleção chegou a Paris confiante de que subiria ao degrau mais alto do pódio. A preparação foi a melhor possível e o desempenho vinha sendo em alto nível. No entanto, os Estados Unidos – de novo – apareceram no caminho para tirar do Brasil a chance de ir à final.

Não veio o ouro, mas o bronze tem importância e reforça que o voleibol brasileiro continua entre os melhores do mundo, como enfatizou Zé Roberto, técnico tricampeão olímpico que ainda não definiu seu futuro depois de estar em sua nona edição de Olimpíada. Depois de Tóquio, ele chegou a dizer que se aposentaria, mas voltou atrás.

Um pequeno apagão no início da partida parecia que seria mau presságio ao Brasil. Mas não foi. Ao contrário do que aconteceu na semifinal, a equipe se recuperou rápido, tirou vantagem de três pontos que as turcas haviam aberto e tomaram a ponta. Houve algumas trocas de liderança no placar, mas, na reta final do primeiro set, a seleção brasileira foi mais consistente e eficiente e fechou em 25 a 21.

Mais experiente do grupo, a central Thaísa mostrou ser inabalável mentalmente para lidar a seleção. Chamou a responsabilidade para si quando Gabi Guimarães e outras estavam mal, e se destacou nos bloqueios, incluindo um em cima da oposta Melissa Vargas, cubana naturalizada turca que é a maior estrela da rival com seus ataques potentes.

Foi muito mais desafiador o segundo set para as brasileiras, que sofreram com os ataques turcos e passaram a maior parte em desvantagem, tendo de correr atrás. A Turquia conseguiu abrir 19 a 15. No entanto, na reta final da parcial, quando a jovem Ana Cristina estava mal e era parada pelo bloqueio turco, Rosamaria e Gabi tomaram a frente e foram decisivas. Foi da ponteira e capitã do time o ponto que definiu o estendido set em 27 a 25.

O Brasil perdeu a oportunidade de definir a vitória no terceiro set. O embalo foi freado com ótimo desempenho da Turquia, liderada por Vargas e Cebecioglu, que viraram grande maioria das bolas. Os erros do time brasileiros também fizeram a diferença a favor da equipe rival.

O brilho, a eficiência e até a sorte retornaram no quarto set para o Brasil. Os saques e os ataques entraram e a defesa voltou a ser mais segura, conseguindo parar Vargas e Cebecioglu em alguns momentos. Thaísa novamente teve jornada de brilho, desta vez não só no bloqueio. Virou bolas importantes no meio de rede e nos saques. Sua vibração e energia foram passadas às companheiras, especialmente a Gabi, que mostrou sua habitual agressividade no ataque e no bloqueio, foi outra personagem importante. No fim, vitória por 3 a 1 e mais uma medalha para o Brasil.

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Olimpíadas de Paris

Brasil cai diante dos EUA por placar mínimo e fica com medalha de prata em final de futebol feminino

Foto: ANDRÉ DURÃOO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

A seleção brasileira feminina de futebol perdeu, neste sábado (10), a decisão da medalha de ouro para os Estados Unidos, nos Jogos Olímpicos de Paris, por 1 a 0. Atuando no Parque dos Príncipes, a equipe do técnico Arthur Elias teve grandes oportunidades para sair de campo com o título, mas desperdiçou uma série de lances claros de gol e viu as norte-americanas anotarem uma única vez para subir no lugar mais alto do pódio. Independentemente do resultado da final olímpica, a seleção brasileira já teria muito o que comemorar. O resultado inesperado fortalece o futebol feminino no país e traz a motivação necessária para a construção de um time e de uma energia positiva para a Copa do Mundo de 2027, que terá o Brasil como sede.

É a terceira vez que o Brasil perde para os Estados Unidos uma final olímpica. O mesmo panorama foi visto em Atenas-2004 e Pequim-2008. A partida na capital francesa também pode ter colocado um ponto final da carreira de Marta junto à seleção brasileira e em torneios olímpicos. A maior estrela do país na modalidade está com 38 anos. Logo no primeiro minuto de jogo, Ludmila desperdiçou uma grande chance brasileira ao ficar frente a frente com a goleira dos EUA. Pouco tempo depois, foi a vez de Jheniffer perder o tempo da bola e furar em lance claro na área. Os Estados Unidos passaram a ficar mais com a bola e deixaram o Brasil preso ao campo de defesa, tentando explorar algum contragolpe.

 

O Brasil foi muito superior aos Estados Unidos ao longo do primeiro tempo. Uma imposição técnica que já assistimos em outras finais olímpicas diante das norte-americanas. O grande pecado foi não ir para o intervalo com ao menos um gol de vantagem. Chances não faltaram, mas a precipitação e a falta de um pouco mais de capricho impediam o zero de sair do placar na capital francesa. No início da segunda parte, a seleção brasileira mudou um pouco seu estilo, preferindo ficar mais tempo com a posse de bola e articulando de forma mais paciente as jogadas. Essa alteração prejudicou a fluidez do jogo brasileiro. Não demorou para a consequência bater à porta, com os EUA usando a principal arma do Brasil durante o primeiro tempo. Swanson arrancou em velocidade pela esquerda, invadiu a área e marcou o gol para os Estados Unidos, aos 11 minutos.

Com o placar adverso, Arthur Elias promoveu alterações. Marta entrou em campo, e Ludmila, que fora a melhor atleta na final, deixou o gramado. A ansiedade contribuiu para o desequilíbrio entre defesa e ataque do Brasil. Os Estados Unidos ficaram próximos de ampliar o placar. Problemas físicos foram sentidos pelas atletas brasileiras, casos de Vitória Yaya e Tarciane. No restante do duelo, o Brasil persistiu na luta pelo gol de empate, sem sucesso, ficando amarrado pela estratégia conservadora montada pelos EUA.

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Olimpíadas de Paris

Alison dos Santos, o Piu, repete Tóquio e conquista o bronze nos 400 metros com barreiras

Foto: Wander Roberto/COB

Mais uma medalha para o Brasil e, desta vez, de bronze. Alison dos Santos, conhecido como Piu, disputou a final dos 400 metros com barreira na tarde desta sexta-feira (9), nos Jogos Olímpicos e levou a melhor, ficando na terceira colocação. Esta é a segunda medalha do atleta que repetiu o feito de Tóquio-2020, que apesar de ter sido disputada em 2021 devido à pandemia, manteve-se a nomenclatura original. Apesar de ter ficado um pouco para trás no início da prova, Piu conseguiu recuperar o ritmo nos metros finais e conquistou seu lugar no pódio. O atleta competiu na última quarta-feira (7), no Stade de France e fez o quarto melhor tempo da disputa das semifinais, registrando 47s95. Quem levou o ouro foi o estadunidense Rai Benjamin, marcando o tempo de 46s46, e a prata ficou com Karsten Warholm, que fez 47s06. Por fim, Alison também subiu ao pódio ao registrar 47s26.

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Olimpíadas de Paris

Ana Patrícia e Duda conquistam medalha de ouro no vôlei de praia em Paris 2024

Foto: CARL DE SOUZA / AFP

É ouro. Brasil bate Canadá e leva medalha de ouro no vôlei de praia após 28 anos nos Jogos Olímpicos. Ana Patrícia e Duda conquistaram a segunda medalha de ouro na categoria para o país. Após um primeiro set difícil, com Canadá abrindo o placar, as meninas precisaram se concentrar e chamavam a torcida para ajudar. Assim, finalizaram o primeiro set com vantagem. Jogando contra Brandie Wilkerson e Melissa Humana-Paredes, nesta sexta-feira (9), na Arena Torre Eiffel, a competição foi acirrada, valendo cada ponto marcado e muitas emoções. Em determinado momento do jogo houve uma tensão entre as jogadoras, havendo, inclusive, cartão amarelo para a brasileira Ana Patrícia e a canadense Brandie. O jogo terminou com 2 a 1 Brasil, que levou nas parciais 26 a 24, 12 a 21 e 15 a 10. Brasil fechou na liderança no quarto setpoint.

Após o resultado, o país acumula 14 medalhas no vôlei de praia, sendo quatro ouros, sete pratas e três bronzes. A primeira conquista foi em 1996, em Atlanta, com Jackie Silva e Sandra Pires.

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Olimpíadas de Paris

Isaquias Queiroz garante a prata na final do C1 1000m

Foto: Alexandre Loureiro/COB

 

O canoísta Isaquias Queiroz é medalha de prata no C1 1000m. O baiano de Ubaitaba teve uma arrancada espetacular no fim da prova para sair do quinto ao segundo lugar. Ele registrou tempo final de 3m44s33

Martin Fuksa, da República Tcheca, levou o ouro com a melhor marca olímpica da categoria: 3m43s16. Serghei Tarnovschi, da Moldávia, completou o pódio, em terceiro (3m44s68).

Isaquias Queiroz passou em quinto lugar durante boa parte do tempo, mas aumentou a velocidade para conseguir a medalha de prata, com 3min44s33, sua quinta medalha em Jogos Olímpicos.

Com a medalha, Isaquias chegou ao quinto pódio olímpico na carreira. São três medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 (duas pratas e um bronze) e um ouro em Tóquio 2020.

Ele se igualou aos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael em segundo entre os recordistas do Brasil. A ginasta Rebeca Andrade lidera o ranking, com seis medalhas.

Deu no Novo

Olimpíadas de Paris

Edival Pontes conquista a primeira medalha do Brasil no taekwondo nos Jogos Olímpicos de Paris

Foto: ANDRé DURãO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Edival Pontes, o ‘Netinho’, conquistou a primeira medalha do Brasil no taekwondo nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, ao vencer o espanhol Javier Perez Polo nesta quinta-feira (8). Netinho, de 26 anos e vice-campeão mundial em 2022 na categoria até 74kg, derrotou Pérez Polo por 2 rounds a 1 (3-3, 4-6 e 4-3), numa luta acirrada no tatame do Grand Palais, na capital francesa. O paraibano ficou em vantagem no primeiro round com uma virada dramática em que acertou um chute na cabeça do espanhol quando faltavam três segundos para o fim. Ele conseguiu assim empatar em 3-3 e venceu por superioridade.

No segundo assalto, também equilibrado, o espanhol acertou os dois primeiros golpes, na cabeça e no tronco, e venceu por 6-4.

E no terceiro e decisivo round, Netinho conseguiu acertar dois chutes no corpo do oponente e tentou administrar a vantagem de 4-0 nos 40 segundos finais. O brasileiro sofreu punições, mas conseguiu vencer por 4-3.

Gritos de “Brasil!” ressoaram sob a imponente estrutura de metal e vidro do Grand Palais, onde os torcedores espanhóis aplaudiram mais ruidosamente o seu compatriota.

Vindo da repescagem

O brasileiro não entrou nesse combate como favorito. Depois de perder sua primeira luta nas oitavas de final para o jordaniano Zaid Kareem, ele teve que esperar horas para ver se disputaria a repescagem.

“Quando perdi a primeira luta, não entendi. Fiquei perguntando a Deus: ‘O que está acontecendo? Estou bem fisicamente, no meu melhor momento (…) e não vai ser agora?’”, admitiu ele após a luta.

No entanto, o acesso de Kareem à final, em que perdeu para o grande favorito, o uzbeque Ulugbek Rashitov, abriu as portas para a repescagem: “Acendeu uma luz na minha cabeça”.

E ela não apagou. Antes de derrotar o espanhol, ele venceu o turco Hakan Recber, bronze em Tóquio-2020 na categoria até 68kg e campeão mundial em 2023 (-63kg), por dois rounds a um (8-7, 3-3 e 7-1).

Uma revanche – o turco o eliminou nas oitavas de final no Japão – que o levou a somar um terceiro bronze ao quadro de medalhas olímpicas do taekwondo brasileiro, depois de Natália Falavigna em Pequim-2008 e Maicon Siqueira no Rio-2016.

*Com informações da AFP

Olimpíadas de Paris

Alison dos Santos mostra cansaço e avança à final dos 400m com barreiras somente com o 4º tempo

Foto: EFE/EPA/ANNA SZILAGYI

Principal representante do atletismo brasileiro nas Olimpíadas de Paris-2024, Alison dos Santos, o Piu, novamente deu susto, ficou somente em terceiro em sua semifinal no Stade de France e, mostrando cansaço, se garantiu entre os finalistas apenas após as três baterias, como um dos melhores por tempo – dois de cada bateria se garantem direto. Após sua corrida, ele mostrou enorme frustração e desespero com seu desempenho. Mesmo assim, se garantiu com o quarto melhor tempo. Após cruzar em terceiro na primeira série, Piu ficou aguardando o resultado das demais baterias para saber se garantia lugar na decisão dos 400m com barreiras.

Cansando no fim de sua prova, o brasileiro foi superado pelo principal concorrente ao ouro na Olimpíada, o norueguês e recordista mundial, Karsten Warholm, com 47s67, e o francês Clement Ducos, com 47,85. O brasileiro cruzou em apenas 47s95. Dono de expressiva marca de 46s29 na carreira e com um 46s63 em uma etapa da Diamond League na atual temporada, Piu não conseguiu acompanhar os concorrentes no final de sua bateria, mostrando, ainda, que o incômodo muscular revelado nas quartas, parece estar atrapalhando-o também.

As marcas ruins da segunda bateria fizeram a esperança de Piu crescer. Na bateria decisiva, com o compatriota Matheus Lima, o americano Rai Benjamin apenas administrou e cruzou com tempo melhor que o de Alisson, mesmo se poupando, com 47s85. O segundo brasileiro ficou em quarto, com 49s08, eliminado. Medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio, disputados em 2021, Piu piorou sua marca das semifinais, cruzando com semblante de sofrido e fazendo enorme força. Ele promete descansar bem para não dar fiasco na disputa por medalhas, na sexta-feira (9).

O astro brasileiro já havia dado um enorme susto na segunda-feira (5), nas quartas de final, quando começou com soberania, mas diminuiu o ritmo achando que cruzaria em primeiro e acabou caindo para o 3º lugar na bateria (fez 48s75), o que o colocou em semifinal dura. Rasmus Magi, da Estônia, e CJ Allen, dos Estados Unidos, ultrapassaram o brasileiro na ocasião. Nesta quarta, Piu largou bem, mas rapidamente foi superado por Warholm ainda na curva.

O segundo lugar já garantia a vaga, mas a queda de rendimento assustou, a ponto de ele também perder a posição para o francês. A vaga veio, mas sem motivos para comemoração. Matheus Lima tinha sido o segundo de sua bateria nas quartas, com 48s90 e se despediu ao também piorar o desempenho.

OUTROS BRASILEIROS

No salto triplo, Almir dos Santos está garantido vaga na final de sexta-feira com a quinta marca no geral. O brasileiro queimou sua primeira tentativa. Mas alcançou bons 17,06m na segunda tentativa, se colocando em terceiro no Grupo A, atrás do espanhol Jordan Diaz Fortun (17,24m) e de Fabrice Zango, de Burkina Faso (17s16m). Apesar de não alcançar os 17,10m que garantiam vaga direta, o brasileiro se garantiu por superar sete concorrentes na busca geral pelas 12 vagas.

Nas semifinais dos 110m com barreiras, o País teve dois representantes e sequer chegou perto dos oito finalistas. Rafael Pereira bateu logo nas duas primeiras barreiras e acabou perdendo tempo, ficando em último em sua bateria. Na terceira e última série, Eduardo Rodrigues largou mal e cruzou no sexto lugar, também fora da disputa por medalhas, com 13s44.

Já André Gallina não conseguiu se garantir na final dos 200m masculino. Na semifinal desta quarta-feira, o brasileiro não foi bem na largada, ainda se recuperou no fim, mas cruzou somente em sexto, com 20s60.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Fernando Keller

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