Nesta terça-feira, 22, o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, solicitou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), a anulação de todos os atos da Operação Lava Jato que o envolvem. O pedido de Cabral visa estender os efeitos de decisões anteriores de Toffoli, que já beneficiaram outros alvos da operação, como o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-governador Beto Richa.
Os advogados de Cabral tentam derrubar a condenação que resultou na primeira sentença contra o ex-governador no âmbito da Lava Jato, referente ao recebimento de propina de R$ 2,7 milhões em 2008, ligada às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Em 2017, o então juiz Sergio Moro condenou Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Alegações de parcialidade de Sergio Moro
No pedido, a defesa de Cabral aponta uma suposta quebra de imparcialidade de Sergio Moro, baseando-se nas conversas vazadas da “Vaza Jato”. A defesa argumenta que as mensagens mostram que Moro já sabia, com antecedência, sobre as denúncias que seriam apresentadas, questionando assim a imparcialidade do ex-juiz.
Planos políticos de Cabral
Apesar de suas condenações, Sérgio Cabral revelou, em uma entrevista no ano passado, seu desejo de concorrer a uma vaga de deputado federal nas eleições de 2026. Ele afirmou que nunca exerceu o cargo e que gostaria de conhecer mais profundamente o Brasil e defender os interesses do Rio de Janeiro no Congresso.
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