Três pessoas são condenadas pela morte de coronel aposentado da FAB em Natal

Coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB) Roberto Perdiza, de 71 anos. Foto: Reprodução
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O Tribunal do Júri condenou uma mulher e dois homens pelo assassinato do coronel aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB) Roberto Perdiza, de 71 anos. O resultado do julgamento foi anunciado na madrugada desta quinta-feira (10), por volta de 1h50, no Fórum Miguel Seabra. A sessão tinha sido iniciada às 9h de quarta-feira (9).

A garota de programa Jerusa Linda dos Santos foi condenada pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, furto praticado contra vítima maior de 60 anos e ocultação de cadáver. Somando-se as penas aplicadas, chegou-se ao total de 26 anos e 10 meses de reclusão.

O acusado José Rodrigues da Silva foi condenado pelos mesmos crimes. A soma das penas chegou a 28 anos e 10 meses de reclusão. E Washington Luiz Gomes da Silva foi absolvido da imputação de homicídio duplamente qualificado e condenado pelo crime de ocultação de cadáver. Sua pena foi fixada em um ano e seis meses de reclusão.

O crime ocorreu em 2022. A vítima foi vista com vida pela última vez em 30 de agosto daquele ano, no bairro Ponta Negra, Zona Sul de Natal.

Jerusa Linda dos Santos e Roberto Antônio Perdiza. Foto: Reprodução

O crime

O crime aconteceu em agosto de 2022. A vítima, coronel Roberto Antônio Perdiza, militar aposentado da Força Aérea Brasileira (FAB), tinha um relacionamento com Jerusa dos Santos. Segundo a investigação, ela teria dito que era de outro estado e não tinha onde morar e, por isso, Perdiza havia oferecido o próprio apartamento, localizado em Ponta Negra.

As últimas imagens registradas do coronel mostram ele deixando seu apartamento para se encontrar Jerusa em um bar no dia 30 de agosto de 2022. Com a ausência do morador, após uma semana depois, o porteiro do edifício estranhou e entrou em contato com os familiares do militar, que moram em São Paulo. Contudo, os familiares do aposentado informaram que estavam recebendo mensagens e fotos dele.

Foi então que um advogado próximo à vítima parou de receber informações e começou a desconfiar da situação. Ele confirmou que chegou a falar com Jerusa para saber se tinha ocorrido algo, mas ela o informou que os dois estavam bem e que pediria para o coronel entrar em contato com o amigo. Entretanto, ao entrar em contato, o advogado notou que havia recebido um áudio antigo de Roberto Perdiza, e contatou a Polícia Civil.

De acordo com a investigação da corporação, Jerusa teria contratado um homem, identificado como José Rodrigues, para matar o coronel aposentado. O crime aconteceu no dia em que Perdiza foi visto pela última vez.

O corpo foi encontrado três meses depois em avançado estado de decomposição, sem a cabeça e as mãos, em um terreno localizado fora de Natal.

Deu no Portal da 98

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